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Opinião Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014, 17:00 - A | A

Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014, 17h:00 - A | A

Opinião

Abusos sofridos pela mulher

Esta lista mostra que, apesar das conquistas da mulher no decorrer da História, muitos ainda são os abusos que devem ser conhecidos e discutidos.

historiadigital.org

1- Vestimentas obrigatórias

Mulheres usando burca preta

Em 2001, um grupo militante chamado Lashkar-e-Jabar exigiu que as mulheres muçulmanas da Caxemira usassem burcas – vestimenta que as cobre dos pés à cabeça -, sob o risco de serem atacadas. Os homens jogaram ácido no rosto de duas mulheres que não se cobriram em público. O grupo também exigiu que as mulheres hindu e sikh adotassem vestimentas obrigatórias: defendiam que as mulheres hindu deveriam usar o bindi – tradicional ponto colorido – na testa, e as mulheres sikh deveriam cobrir suas cabeças com um pano cor de açafrão.

2- Infanticídio feminino

Bebê indiano no colo da mãe

A política do filho único, na China, fez aumentar o desdém por crianças do sexo feminino: aborto, negligência, abandono e infanticídio (assassinato de crianças) são alguns crimes que atingem estas crianças. O resultado deste planejamento familiar foi uma média de 114 homens para cada 100 mulheres, entre crianças de 0 (recém-nascidas) a 4 anos de idade. Normalmente, a taxa é de 105 homens para cada 100 mulheres. Da mesma forma, o número de meninas que nascem e sobrevivem na Índia é significativamente menor se comparado com o número de meninos.

3- Perseguição sexual

Muitos países criminalizam o sexo antes do casamento. No Marrocos, as penas para violação do código penal, no que tange a esta questão, incorrem bem mais em mulheres do que em homens. Mulheres solteiras grávidas, em particular, sofrem com a perseguição sexual. O código penal marroquino também considera o estupro de uma virgem como uma circunstância agravante de agressão. A mensagem é clara: o grau de punição do agressor é determinada pela experiência sexual da vítima.

4- Sequestro de noivas

O sequestro de noivas é uma prática comum no Quirguistão e Turcomenistão. Quando é hora de se casar no Quirguistão, o homem ou sua família escolhem uma mulher, que será sequestrada. O noivo, seus parentes e amigos a levam para a casa da família, onde as mulheres mais velhas tentam convencer a mulher sequestrada a aceitar o casamento. Algumas famílias mantém a mulher refém durante vários dias para fazê-la ceder. Na Etiópia e Ruanda, o processo tem requintes de brutalidade, pois o homem, além de sequestrar a mulher, também a estupra.

5- Morte por honra

Morte por honra é uma forma de punição cometida contra uma mulher que se julga ter desonrado os membros de sua família. Geralmente, as vítimas são mulheres que: recusam um casamento arranjado; são vítimas de um abuso sexual; buscam o divórcio; cometem adultério; ou praticam sexo fora do casamento. A UNICEF relatou que, na Índia, mais de 5000 noivas são mortas anualmente porque seus dotes de casamento são considerados insuficientes.

6- Queimadura

Queimadura é uma forma de violência doméstica praticada em partes da Índia, Paquistão, Bangladesh e outros países localizados no ou ao redor do subcontinente indiano. O ato é praticado da seguinte maneira: um homem, ou sua família, jogam querosene, gasolina ou outros líquidos inflamáveis na esposa. Depois, ateiam fogo, levando a mulher à morte ou lesões permanentes.

7- Ataques com ácido

Ataques ácidos são uma forma de violência que ocorrem principalmente no Afeganistão. Perpetradores desses ataques jogam ácido em suas vítimas (normalmente em seus rostos), queimando-as. As conseqüências incluem cicatrizes permanentes no rosto e no corpo, assim como cegueira.

8- Mutilação genital feminina

A mutilação genital feminina se refere a todos os procedimentos de remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos externos, assim como outras formas de lesão, quer por razões culturais, religiosas, ou mesmo por razões terapêuticas. Estas formas de mutilação aparecem no mundo todo, mas são mais comuns em regiões da África. Geralmente, ocorre entre os 4 e 8 anos de idade, mas pode ocorrer em qualquer idade desde a infância até a adolescência. O procedimento, quando realizado sem anestesia, pode levar à morte por choque, devido à imensa dor, ou por sangramento excessivo.

9- Tráfico de mulheres

Desde a queda da cortina de ferro, os países pobres do antigo bloco oriental, como a Albânia, Moldávia, Roménia, Bulgária, Belarus e Ucrânia têm sido identificados como principal origem do tráfico de mulheres e crianças. As meninas são freqüentemente atraídas para os países ricos pela promessa de dinheiro e trabalho e, em seguida, reduzidas à escravidão sexual. Estima-se que 2/3 das mulheres traficadas para prostituição, anualmente, vêm da Europa Oriental, sendo que 3/4 delas nunca trabalhou como prostituta antes.

10- Servidão ritual

Em algumas partes de Gana, uma família pode ser punida por um delito tendo que entregar uma mulher virgem para servir como escrava sexual dentro da família ofendida. Neste sistema de escravidão, sob forma de servidão ritual, meninas virgens são dadas como escravas em templos tradicionais e usadas sexualmente por sacerdotes.

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