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Nacional Quarta-feira, 14 de Outubro de 2015, 08:34 - A | A

Quarta-feira, 14 de Outubro de 2015, 08h:34 - A | A

Goiás

Paciente diz que médico o queimou ao fazer tratamento no ouvido

Segundo ele, profissional usou desinfetante germicida veterinário em terapia

G1.com

O pedreiro Mauro Ribeiro de Oliveira Filho denuncia que, durante um tratamento no ouvido, sofreu queimaduras no rosto e no ombro ao ser medicado com desinfetante germicida animal no Hospital Municipal de Pires do Rio, no sudeste de Goiás. Ele registrou o caso na Polícia Civil.

O médico responsável pelo procedimento admitiu, por telefone, ter errado ao usar produto veterinário no ouvido do paciente. Segundo o profissional, o remédio foi aplicado em pouca quantidade e, por isso, acredita que Mauro não deve ficar com sequelas.

De acordo com o pedreiro, tudo começou porque uma mosca entrou no ouvido dele durante o trabalho na zona rural do município.

"Eu fui à farmácia, fizeram a lavagem, me liberaram, fui embora. No dia seguinte, eu fui ao médico, eles tentaram olhar meu ouvido, mas o aparelho estava sem pilha, não teve jeito. Aí só passou medicamento e disse que meu tímpano estava ferido", contou Mauro.

Quando o irmão dele foi aplicar o remédio indicado pelo médico, ele notou a presença de larvas no ouvido do pedreiro. Por isso, Mauro voltou ao hospital. "Aí eles foram, fizeram a lavagem, tiraram um pouco dos bichos e me internaram", disse.

Ao ser hospitalizado, o médico pediu que familiares comprassem o desinfetante germicida, que geralmente é usado em animais para eliminar pulgas e carrapatos. Parentes de Mauro adquiriram o desinfetante e o entregaram ao médico. De acordo com o paciente, o profissional derramou o produto no rosto dele ao aplicá-lo.

Ferimentos

O pedreiro conta que sofreu queimaduras de segundo grau no rosto, na orelha e no ombro. Ele teve de ser transferido ao Hospital de Queimaduras em Goiânia, onde recebeu tratamento especializado.

Para se proteger, Mauro precisa usar uma máscara no rosto ao se expor ao sol. "É muito estranho, a pessoa vê a gente e corre da gente. Eu trabalho no sol, então não tem como trabalhar", lamenta.

Advogado da vítima, Giancarlo Ribeiro registrou o caso na Polícia Civil. "A integridade física dele foi ofendida e além do dano estético, inclusive, porque a pessoa tem que ficar exposta a certos aborrecimentos e sequelas que deverão ficar mesmo após o tratamento", defende.

O secretário de Saúde de Pires do Rio, Hélio Bernardes, afastou o médico até que o caso seja investigado. "Tem que apurar e oferecer ao servidor a ampla defesa. Não cabe a mim julgar as pessoas. Após a conclusão, aplica-se a decisão", afirmou o secretário.

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