Uma estudante americana de 17 anos construiu um "cérebro" artificial para detectar câncer de mama e levou o primeiro lugar da Feira de Ciências de 2012 do Google.
Brittany Wenger, que vive em Ranch Lakewood, na Flórida, propõe uma maneira minimamente invasiva de identificar e extrair esse tipo de tumor, que atinge uma em cada oito mulheres no mundo e é o mais letal no Brasil e em vários outros países.
A técnica proposta se chama "aspiração com agulha fina" e passou por 7,6 milhões de testes, atingindo 99,1% de sensibilidade a um nódulo maligno. Segundo a adolescente, hoje a forma menos invasiva de biópsia em casos de suspeita de tumor é também a menos conclusiva, razão pela qual muitos médicos não a usam.
A jovem destaca a importância da detecção precoce na cura do câncer de mama e afirma que é isso que pretende fazer com sua "rede neural", que consiste em programas de computador codificados para pensarem como um cérebro.
Esses softwares são capazes de observar padrões complexos demais para os seres humanos, e se tornam ainda melhores á medida que processam mais dados, motivo pelo qual a criadora acredita que eles logo chegarão aos hospitais e poderão ser estendidos para reconhecer outros tipos de câncer.
De acordo com Brittany, o atual método é 4,97% mais sensível que os três produtos comerciais que ela usou como base para criar a própria rede.