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Nacional Quarta-feira, 12 de Junho de 2013, 16:11 - A | A

Quarta-feira, 12 de Junho de 2013, 16h:11 - A | A

Tragédia no RS

'Estou eufórica', diz ferida na Kiss ao deixar hospital após mais de 4 meses

Renata Pase Ravanello, 25 anos, deixou Hospital de Clínicas nesta quarta. Uma jovem segue internada desde a tragédia que matou 242 pessoas.

G1/

Após quatro meses e meio de internação, Renata Pase Ravanello, de 25 anos, recebeu alta do Hospital de Clínicas de Porto Alegre no fim da manhã desta quarta-feira (12). A jovem é uma das sobreviventes do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que matou 242 pessoas. Com a alta de Renata,a resta uma jovem internada na capital.

"Estou eufórica por sair depois de mais de quatro meses no hospital", disse ao G1 Renata, já na estrada para voltar para casa, em Santa Maria. Depois de deixar o hospital, a expectativa agora é para reencontrar amigos e familiares. ""Pretendo retomar a minha rotina”.

Renata é a penúltima ferida na tragédia a deixar o hospital. Apenas ela e outra jovem de 19 anos permaneciam internados desde o incêndio do dia 27 de janeiro. Há duas semanas, Cristina Peiter e Marcos Belinazzo Tomazetti, que também estavam sendo tratados no Clínicas, já haviam recebido alta.

A alta de Renata ocorre no mesmo dia em que a Brigada Militar divulgou o resultado do inquérito que apurava o papel de bombeiros na tragédia. Oito pessoas foram indiciadas. Foram indiciados por inobservância da lei, regulamento ou instrução: capitão Alex da Rocha Camilo, sargento Renan Severo Berleze, sargento Sérgio Roberto Oliveira de Andrades, soldado Marcos Vinícius Lopes Bastide, soldado Gilson Martins Dias, soldado Vagner Guimarães Coelho. O tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs foi indiciado por condescendência criminosa. O sargento Roberto Flávio da Silveira e Souza foi indiciado por falsidade ideológica.

Entenda: O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 242 mortes. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco.

O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e serão julgados. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda foram presos nos dias seguintes à tragédia, mas a Justiça concedeu liberdade provisória aos quatro em 29 de maio.

As primeiras audiências do processo criminal foram marcadas para o fim de junho. Paralelamente, outras investigações apuram o caso. Na Câmara dos Vereadores da Santa Maria, uma CPI analisa o papel da prefeitura e tem prazo para ser concluída até 1º de julho. O Ministério Público ainda realiza um inquérito civil para verificar se houve improbidade administrativa na concessão de alvará e na fiscalização da boate Kiss.

Veja as conclusões da investigação

- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso no palco

- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo

- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou

- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás

- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas

- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular

- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas

- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída

- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência

- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário

- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas

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