Os cotistas de baixa renda matriculados em universidades federais em cursos de carga horária intensiva (5h por dia) receberão, a partir de maio, o valor de R$ 400 para ajuda de custo com os estudos.
O valor é o mesmo pago atualmente aos estudantes bolsistas do Pibid (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência). A intenção é dar um cartão a esses estudantes como hoje ocorre com beneficiários do Bolsa Família. O repasse, assim, não será feito pela universidade federal onde o aluno estará matriculado, mas diretamente pelo Ministério da Educação.
Num primeiro momento, disse o ministro Aloizio Mercadante (Educação) o repasse da quantia será feito da forma tradicional, por meio da instituição de ensino onde o aluno está matriculado.
Mercadante afirmou que "não é realista" garantir o ingresso desse aluno na universidade sem garantir uma ajuda financeira para sua permanência na instituição. "Um aluno de baixa renda, de uma família pobre, que entra num curso de medicina e vai no mínimo [estudar] 5 horas de aula por dia, além das tarefas que ele tem...Imaginar que ele possa ficar 6 anos sem nenhuma renda complementar não é realista."
O ministro disse que a "contrapartida" para o benefício será o desempenho acadêmico do aluno. "O mérito vai ser considerado", afirmou o presidente do Inep, órgão responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), Luiz Cláudio Costa. Isso deverá ser definido em regulamentação da bolsa.
"Um aluno que se acomodou, que não tem desempenho acadêmico, que não teve presença na escola, não tem porque receber a bolsa. Por sinal, não ficará, vai ser jubilado", completou o ministro.