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Várzea Grande Sexta-feira, 11 de Março de 2016, 13:34 - A | A

Sexta-feira, 11 de Março de 2016, 13h:34 - A | A

operação Sodoma II

Gráficas de VG podem ter "lavado dinheiro"

De acordo com o delegado Lindomar Aparecido Tófoli, as duas gráficas, De Liz e Intergraf repassaram cheques para o ex-secretário estadual de Administração, César Zílio.

Rojane Marta & Edina Araújo/VG Notícias

As duas gráficas instaladas em Várzea Grande, Editora de Liz e Intergraf, podem ter sido usadas para ajudar a organização criminosa, que desviou milhões do Estado por meio de concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), a lavar dinheiro.

De acordo com o delegado Lindomar Aparecido Tófoli, as duas gráficas, De Liz e Intergraf repassaram cheques para o ex-secretário estadual de Administração, César Zílio - preso hoje na 2ª fase da Operação Sodoma.

Os proprietários das gráficas, Antônio Roni e Evandro Gustavo Pontes foram conduzidos coercitivamente nesta sexta-feira (11.03) para a Delegacia Especializada de Crimes Contra a Administração Pública e Contra a Ordem Tributária (Defaz/MT), para prestarem esclarecimentos. Os empresários ainda estão na sede da Defaz/MT. 

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na gráfica e na residência de Antônio Roni. Na Intergraf, de propriedade de Evandro, agentes da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apreenderam vários documentos.

Conforme Tófoli, as investigações apuraram que parte dos cheques repassados como pagamento de propina a servidores públicos foi utilizado para aquisição de um terreno na avenida Beira Rio, em Cuiabá, avaliado em R$ 13 milhões, em nome de laranjas.

“Foi feito um levantamento com informações que chegaram para gente no transcorrer das investigações, daí chegamos em alguns contratos que foram celebrados com o Estado, e surgiram umas informações que dão a entender que esses valores arrecadados foram usados a fim de lavagem de dinheiro. Tem uns cheques das gráficas que foram passados para o César Zílio também, por isso, que eles estão aqui para prestarem esclarecimentos” disse o delegado sem saber informar o valor dos cheques encontrados em poder de Zílio.

Atualizada às 15h36min - Evandro Gustavo Pontes acaba de deixar a Defaz, onde prestou esclarecimentos.

Entenda - Na segunda fase da Operação Sodoma, deflagrada nesta sexta-feira (11.03) pela Delegacia Especializada de Crimes Contra a Administração Pública e Contra a Ordem Tributária (Defaz), 21 ordens judiciais foram decretadas pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado, sendo 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de condução coercitiva.

Mandados de Prisões - Foram decretados as prisões dos ex-secretários Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda) – ambos presos desde setembro de 2015 no Centro de Custódia de Cuiabá, César Roberto Zílio (Administração); Willian Paulo Mischur (Consignum – empresa de empréstimo consignado para servidores públicos); e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica decretado e agora foi expedida ordem de prisão.

Primeira Fase - Na primeira fase da operação Sodoma oito membros da organização foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil e sete deles denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os envolvidos responderão por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre os indiciados e denunciados estão o ex-governador Silval da Cunha Barbosa e os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi. Os três estão presos no Centro de Custódia de Cuiabá.

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