Parada há quase 30 anos, a obra do Hospital Central de Cuiabá deve ser retomada ainda neste ano. Isto, graças a um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre o Governo do Estado de Mato Grosso e a Justiça, que surgiu de uma iniciativa da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
O TAC prevê a criação de uma Associação Civil, sem fins lucrativos, que será formada por empresas que poderão contribuir com as obras, possibilitando assim a retomada das obras ainda neste ano. A primeira fase está orçada em cerca de R$ 12 milhões.
Conforme explica o procurador-geral de Mato Grosso, Patryck Ayala, que defende os interesses do Estado na ação, esta é a primeira vez que um TAC neste formado é firmado no Estado.
“Como a primeira fase das obras não estava prevista no orçamento do Estado para este ano, a saída que encontramos foi sugerir um TAC com a criação de uma Associação Civil, assim garantimos que as obras fossem iniciadas e cumprimos o que a Justiça havia determinado”, explica o Procurador-Geral que já validou o documento.
De acordo com o cronograma do Governo do Estado, as próximas fases devem ser realizas em 2016 e 2017 e ficarão a cargo do Executivo Estadual. O planejamento é construir um Centro Materno-Infantil com capacidade para realizar 500 partos por mês, além de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, UTI pediátrica, UTI adulta, enfermaria “mãe-canguru”, enfermaria pediátrica, ginecologia e obstetrícia, internação em alojamento conjunto, pronto atendimento, pronto-socorro pediátrico e atendimento diferenciado ao parto.
A estimativa é que o investimento total seja de aproximadamente R$ 80 milhões.
Hospital Central - Iniciadas em 30 de março de 1985, as obras do Hospital Central foram paralisadas devido a indícios de desvio de verba pública em 1987, tendo sido retomadas em 1991 e, em seguida, paralisadas novamente. Com trinta anos de abandono, a estrutura de 19 mil metros quadrados e tomada pelo matagal se tornou símbolo da ineficiência do poder público em Mato Grosso.
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