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Polícia Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015, 11:24 - A | A

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015, 11h:24 - A | A

Operação Sodoma

Polícia cumpre mais oito mandados de condução coercitiva; Land Rover de US$ 3 mil dólares é apreendido

Durante as investigações alguns empresários assinaram termo de colaboração premiada

PJC/MT

Oito mandados de condução coercitiva foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (16.09), em continuidade aos trabalhos da "Operação Sodoma", deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção, da Polícia Judiciária Civil.

Os investigados foram conduzidos à sede da Delegacia Fazendária para prestar esclarecimentos nas investigações que apuram crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, condutas praticadas pelos ex-secretários Pedro Jamil Nadaf, (Indústria e Comércio), Marcel Souza de Cursi (Fazenda) e o ex-governador Silval da Cunha Barbosa.  Os dois ex-secretários foram presos em cumprimento a mandados de prisão preventiva e o ex-governador é considerado foragido, por estar com a ordem de prisão em aberto e não ter sido encontrado em seu domicílio oficialmente declarado.

Os conduzidos desta manhã são pessoas envolvidadas, direta e indiretamente, no esquema de concessão ilegal de incentivos fiscais via Prodeic. Elas foram beneficiadas com cheques entregues pelo ex-secretário Pedro Nadaf, que teria recebido R$ 2,6 milhões do empresário colaborador das investigações, em propina para manutenção de benefícios via o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic, vinculado à Secretaria de Estado de Indústria Comércio, Minas e Energia (Sicme).

Os oito conduzidos coercitivamente prestaram esclarecimentos nas investigações. O ex-secretário Pedro Nadaf foi apontado como elo forte da cadeia que liga a corrente, passando o esquema pela empresa envolvida como vítima e toda a pirâmide, desde a sua secretárioa até o ex-governador Silval Barbosa.

O ex-secretário teria distribuído cheques, que foram depositados nas contas correntes dessas pessoas do círculo ligado a Pedro Nadaf. São valores variados, sendo que uma parte dos R$ 2,6 milhões teria ficado com Pedro Nadaf e outra repassada aos beneficiados.

Na terça-feira (15), 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos ex-secretários Pedro Jamil Nadaf, Marcel Souza de Cursi e do ex-governador Silval da Cunha Barbosa, além da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio), NBC Assessoria Consultoria e Planejamento e Invest, e ainda nas residências de três parentes dos suspeitos, que foram conduzidos coercitivamente até a Delegacia de Combate à Corrupção para prestar declarações. Também foram cumpridos três conduções coercitivas e dois monitoramentos eletrônicos.

Nas buscas foram apreendidas um veículo Land Rover, pertencente à ex-mulher de Pedro Nadaf, cerca de US$ 3 mil dólares, documentos físicos e eletrônicos que somam 11 malotes.

Consta da investigação que a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais, via Prodeic, de forma irregular, para algumas empresas.

Durante as investigações alguns empresários assinaram termo de colaboração premiada, auxiliando nas investigações, comprovando o pagamento de propina a servidores públicos para a manutenção dos benefícios via Prodeic. Outras empresas também são investigadas.

Segundo a delegada coordenadora da parte operacional, Cleibe Aparecida de Paula, desde o início da operação, no aspecto das provas, o inquérito evoluiu significativamente. "Algumas pessoas ouvidas contribuíram de forma importante para a comprovação de algumas suspeitas. Estamos trabalhando sem parar para relatar o mais breve possível toda a investigação", disse.

As ações da “Operação Sodoma” estão sendo chefiadas pelos delegados da Delegacia de Combate a Corrupção, com apoio do efetivo e logística das demais unidades especializadas das polícias Civil e Militar, além de toda a estrutura da Secretaria de Segurança Pública especializada da área de Inteligência e do Laboratório de Combate a Lavagem de Dinheiro.

O nome da operação é uma referência à cidade de Sodoma, que foi destruída em razão dos elevados níveis de corrupção praticada pelos seus moradores.   

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