Na história recente do Brasil, nenhuma separação de celebridades foi tão exposta na mídia como a de Joelma e Chimbinha, sócios da banda Calypso. O que já estava ruim só piorou com a ida de Joelma a uma delegacia de polícia de Ananindeua, no Pará, na última quarta-feira. O que eram boatos e suposições virou um registro policial. Absolutamente ninguém acredita na cirurgia nos olhos que teria afastado Chimbinha. Pedimos que a assessoria desse detalhes sobre essa operação, mas eles nunca vieram. É sabido a força da Calypso no mercado da música. A marca não deixará de existir, mas a dupla Chimbinha e Joelma acabou. A confirmação de que Joelma pediu a saída de Chimbinha veio agora, nessa entrevista exclusiva com Claudio Melo, empresário da banda, que conversou com a coluna na tarde de ontem.
Me explica o que está acontecendo. Um site falou que você seria o pivô da separação da Joelma e do Chimbinha…
Não. Todo mundo sabe que não foi isso. É fofoca. Estou preocupado porque eu cuido da carreira deles.
O grupo não vai continuar como está. Isso é fato. Qual dano pode acontecer à carreira deles?
Joelma não sobe mais no palco com ele. Eles já tinham combinado que iam terminar a banda, já estava tudo certo. Ia ter a turnê de encerramento até o Réveillon e depois eles iriam decidir o que fazer. Só que o negócio engrossou, ela disse que não quer mais subir no palco com ele. Mulher com raiva é foda, viu. Quando eu me separei, minha mulher estragou a traseira do meu carro. Já passei por isso… Está todo mundo dando conselho para ela se acalmar, aí Joelma vai ao ‘Programa da Sabrina’ e diz que vai seguir carreira solo.
As pessoas cancelaram shows depois que ela disse que a banda iria acabar no ‘Programa da Sabrina’?
Não… Semana passada, ela já foi sozinha. Arranjou um guitarrista… Ela está tomando conta de tudo.
Agora com a Joelma cantando sozinha com esse guitarrista novo, o cachê é dividido para os dois?
Eles ainda não sentaram para ver nada de divisão. Eles mal estão se falando.
Quem ficou com a casa?
Foi Chimbinha. A Joelma saiu de casa.
Onde a Joelma está morando?
Não sei. Só sei que eles estão para os lados de Belém. Eu estava em São Paulo resolvendo umas coisas e vi na TV que ela foi na delegacia… Não vou nem me meter nisso. No começo, eu estava querendo fazer o meio de campo dos dois, mas ela é teimosa. Ela não escuta ninguém. A Joelma está com muita raiva.
A Joelma está solteira?
Acho que está.
O Calypso vai continuar?
Na cabeça dela, ela não vai fazer carreira solo. Ela disse que vai continuar com o Calypso. Como ela vai resolver isso com o Chimbinha eu não sei.
O Calypso é a Joelma. Concorda?
Ela é a cantora da banda.
Quanto é o cachê?
Na faixa de R$ 100 mil.
Mas o cachê continua o mesmo?
Continua. A gente tenta conversar porque queremos paz. A gente não pegou a banda por dinheiro… Eles já são nossos amigos há muito tempo. Se a empresa continuar envolvida em confusão, é melhor largar de mão.
Eu não vejo mais clima do Chimbinha voltar. Concorda?
O que eu não vejo é Chimbinha sem Joelma, Joelma sem Chimbinha e o Calypso sem os dois. Isso eu não vejo.
Eu já vejo o Calypso só com a Joelma…
Pode ser também. Mas para a gente, que é amigo dos dois, não fica bem tomar um partido.
O Chimbinha não poderia ocupar outro papel dentro desse grupo?
É… Se ela aceitar.
É verdade essa história de o Chimbinha ser agressivo?
Ele parece ser um cara muito pacato. Pacato demais.
NA DELEGACIA
Na tarde da última quarta-feira, Joelma foi até uma delegacia do bairro de Jaderlândia, na cidade de Ananindeua, em Belém, para denunciar que se sentia ameaçada por Chimbinha. De acordo com o boletim de ocorrência, a cantora disse à delegada Rosalina Arraes que o guitarrista a persegue, ligando para as suas empregadas domésticas e pessoas próximas. A cantora diz que teme pela sua integridade física, já que, segundo ela, Chimbinha tem histórico de violência e, inclusive, já teria agredido um dançarino da banda Calypso.
Números da Calypso
FORMADA EM 1999 por Joelma e Chimbinha, a banda Calypso tem 16 anos.
JÁ VENDEU mais de 20 milhões de CDs e 6 milhões de DVDs.
SÃO 17 TURNÊS, 13 álbuns de estúdio e dez ao vivo, além de cinco coletâneas.
FOI INDICADA três vezes ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Regional.
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