O secretário municipal de Saúde de Várzea Grande, Daoud Abdallah, admitiu nessa quarta-feira (12.11), durante visita na Câmara Municipal, que falta medicamentos na rede municipal e que não está sendo realizados exames médicos no Pronto-Socorro do município.
“Falta medicamentos na rede e estamos sim sem realizar alguns exames médicos”, admitiu o gestor, durante a sabatina dos vereadores da cidade, na sessão ordinária da Casa de Leis.
Em defesa do município, Daouda lega que o culpado pela falta de medicamentos é dos fornecedores que estão se recusando a entregar os remédios para o município. “Eles não estão entregando os medicamentos e isso resulta em sua falta na rede”, argumentou.
Conforme ele, os fornecedoresalegam que o preçodos medicamentos “ofertado” por meio de licitação em 2013 está abaixo do valor atual praticado no mercado. “Nós já estamos abrindo um processo administrativo para cobrar dessas empresas a entrega dos medicamentos porque a população não pode ser penalizada com a falta dos remédios”, justificou.
Sobre os exames, o secretário disse que está tentando resolver o problema e que um dos principais impasses está em relação aos convênios com os hospitais particulares. “Hoje estamos realizando exames de ultrassom a cada 60 dias, sei que não é ideal, mas estamos trabalhando para resolver o problema e sei que vamos conseguir” garantiu.
O gestor declarou que uma das dificuldades em promover as melhorias na Saúde é por falta de recursos. Daoud relatou que o setor necessita de R$ 12 milhões ao mês para que a rede municipal funcione “perfeitamente” com todos os serviços, mas que hoje a Saúde dispõe de apenas R$ 8 milhões.
“Hoje ocorre um déficit de aproximadamente R$ 4 milhões ao mês. Por conta disso temos que deixar de investir recursos em alguns serviços para investir em outros, sendo que o correto era investir em toda rede. Sabemos da dificuldade, dos anseios da população, mas a falta desse recurso atrapalha a administração da Saúde” disse o secretário.
Além disso, Daoud citou que o dinheiro que o Estado “deve” para o município, aproximadamente R$ 29 milhões, por conta do não envio de repasses, ajudaria a cobrir o déficit e promover as melhorias no setor.
Durante a sabatina, o secretário de Saúde informou que nos próximos meses será realizado uma reforma geral no Pronto-Socorro, e que ainda este mês será adquirido mais medicamentos e outros insumos para o setor.
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