O descarte irregular de medicamentos em terrenos baldios no bairro Jardim Petrópolis, em Várzea Grande, tem tirado o sono dos moradores do local. Em entrevista ao MT TV na manhã desta terça-feira (18.03), os moradores afirmam que não sabem mais quais atitudes podem ser tomadas.
“São pessoas de Cuiabá e também de Várzea Grande, só que quando a gente reclama com eles, eles perguntam se a rua é nossa, seu lote é o nosso, porque se fosse nosso estaria limpo”, conta a moradora Maria.
Conforme relatos, no local são descartados seringas usadas e remédios com prazo de validade vencido. “Espero que o povo pare de jogar lixo aqui, porque prejudica a nós todos”, afirma Sueli, mãe de uma criança de dois anos, que ela mantém afastada dos terrenos, com medo de contaminação.
Segundo o diretor da Vigilância Sanitária de Várzea Grande, Emerson Francisco de Araújo, não há uma definição sobre um local correto para o descarte dos medicamentos no município. “As empresas privadas em geral, elas tem a obrigação de ter um programa, que chamamos de programa de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, e nesses incluem os medicamentos. Então, se a drogaria não tem capacidade própria de dar a destinação final dos seus medicamentos vencidos, por exemplo, ela teria que contratar uma empresa terceirizada que fizesse esse serviço. Uma empresa credenciada, uma empresa regularizada”.
Conforme Emerson, as reclamações podem ser feitas nas Secretarias em Várzea Grande. “A população pode ligar na Vigilância Sanitária, na Secretaria de Meio Ambiente, por se tratar de uma questão ambiental, pode ligar na Secretaria de Serviços Públicos, por ser tratar de limpeza do terreno, que está acumulando uma série de outros resíduos que também causam danos e perigos a população. Em qualquer uma dessas situações, vai ser startado algum tipo de ação, que provavelmente em conjunto para se resolver”, finaliza.
Mas, de acordo com a moradora, até o momento as reclamações não foram ouvidas e o problema não foi solucionado. “Eu comuniquei a Secretaria de Meio Ambiente, eles falaram que só iam registrar a notificação, mas se fosse possível mandaria alguém no local. Mas até agora não apareceu ninguém”, protesta Maria.
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