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Política Domingo, 10 de Maio de 2015, 17:30 - A | A

Domingo, 10 de Maio de 2015, 17h:30 - A | A

Bastidores Político

Walace Guimarães “lutou” até último minuto para Miriam Pinheiro não dar posse a Lucimar como prefeita de VG

Walace ligou insistentemente para Miriam Pinheiro não comparecer à Câmara e suspender sessão de posse de Lucimar, contou fonte do VG Notícias.

por Edina Araújo & Geraldo Araújo/VG Notícias

Até o último minuto que antecedeu a posse da prefeita Lucimar Sacre de Campos (DEM) e Arilson Arruda (Sem partido), Walace Guimarães tentou convencer a vereadora Miriam Pinheiro (PHS), presidente em exercício da Câmara, a não dar posse a democrata, confidenciou uma fonte ao VG Notícias.

Conforme a fonte, o ex-prefeito ligava insistentemente para assessoria de Miriam, exigindo que a parlamentar não comparecesse a sessão para empossar a democrata e seu vice. Miriam Pinheiro só não atendeu aos apelos do peemedebista, porque o vereador Jânio Calistro, prefeito interino por um dia, advertiu que se a parlamentar desobedecesse à determinação judicial poderia ser presa.

Calistro, no dia anterior a posse, já havia sido alertado pelo juiz José Luiz Lindote, que caso não cumprisse a decisão, haveria prisões. Mesmo pressionada pelo Walace, Miriam foi praticamente obrigada a empossar Lucimar, por conta da advertência de que seria presa. O juiz determinou a presença de dois oficiais de Justiça, acompanhados de policiais militares participarem da sessão.

Além disso, durante toda tarde que antecedeu a sessão de posse, alguns vereadores, entre eles, Pedro Paulo Tolares – popular Pedrinho (Solidariedade), liderado pelo suplente de vereador, Charles Caetano (PR), tentava a todo custo outra manobra, a fim de evitar que Lucimar fosse empossada no cargo.

Ainda segundo a fonte, os vereadores chegaram a cogitar dar posse ao Charles Caetano como vereador, para que ele tumultuasse o processo. Parte da manobra foi à própria convocação da sessão extraordinária que previa a possibilidade de vereadores contrários ao ato pudesse impugnar.

A própria ata de posse, possuía uma “pegadinha” que indicava a manobra para criar um fato jurídico que pudesse, posteriormente, ser utilizado pelo grupo político de Walace, para recorrerem a Justiça na tentativa de invalidar a posse da democrata. Confira abaixo.

"Por tratar-se de uma decisão judicial de primeira instância em vigor, a Presidência informa que não cumprirá prazo regimental exigido pelo artigo 116 do regimento Interno da Casa de Leis, tampouco o Artigo 81 da Constituição Federal, artigo 202, parágrafo único da Constituição Estadual e artigo 63, II da Lei Orgânica do município que, diferentemente, determina nesses casos a posse do Presidente da Câmara para a convocação de eleição indireta, estando os interessados livres de recorrer contra os descumprimentos à lei ora praticados para esse ato de posse, somente justificáveis no afã de cumprir ordem imanada de autoridade judicial” diz trecho da convocação.

Na ata lida em plenário, pelo secretário da Câmara, vereador Pedrinho, constava que Lucimar não havia apresentado a documentação em tempo hábil, conforme determina o Regimento Interna da Casa. No entanto, o ex-deputado federal e presidente estadual do DEM, Júlio Campos, exigiu que constasse em ata que os documentos foram apresentados em tempo hábil.

Ainda de acordo com a fonte, o grupo de Walace Guimarães, reluta em aceitar entregar o comando da Prefeitura aos Campos com receio de uma devassa, o que poderia até levá-lo a prisão juntamente com membros de seu staff.

Operação Camaleão - As investigações da operação Camaleão, deflagrada em 18 de novembro de 2014, em Várzea Grande, sob o comando do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), passaram a tramitar em segredo de justiça, por conta da decretação da quebra de sigilo telefônico e bancário dos envolvidos.

A operação investiga fraude em processo licitatório da Prefeitura com possível envolvimento do prefeito Walace Guimarães.

De acordo com informações do Gaeco, a fraude teria ocorrido na execução do contrato entre a Prefeitura e a Construtora Carneiro & Carvalho, no valor de mais de R$ 10 milhões para reforma e manutenção dos prédios públicos do município.

A construtora é acusada, juntamente com o prefeito, de formar uma organização criminosa na Prefeitura de Várzea Grande para a prática de delitos de corrupção, peculato e fraude em licitação.

Este seria um dos motivos porque Walace luta para que Lucimar não permaneça à frente da Prefeitura, com receio de que ela cumpra a promessa de uma devassa na gestão do peemedebista e outras irregularidades venham à tona.

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