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Nacional Terça-feira, 05 de Maio de 2015, 08:50 - A | A

Terça-feira, 05 de Maio de 2015, 08h:50 - A | A

Estudantes são confundidos com gays e espancados por grupo de 20 homens

Estudantes foram espancados na Orla do Recreio

Extra

Uma parada no calçadão da Praia do Recreio dos Bandeirantes, seguida de um abraço, para fazer uma selfie, gerou um episódio de homofobia e agressão, na noite de sábado, na Zona Oeste do Rio. Confundidos com um casal gay, dois amigos heterossexuais, de 15 anos, foram atacados por um grupo de aproximadamente 20 homens.

Um dos garotos não conseguiu se desvencilhar dos agressores e foi agredido com chutes no rosto por mais de três minutos.

Com o olho esquerdo roxo e inchado, ele precisou de atendimento médico. Até o fim da noite de ontem, as famílias dos estudantes agredidos não haviam registrado o o caso de agressão na 42ª DP (Recreio).

De acordo com Tarcísio Costa, aluno de uma escola pública estadual, ele e um amigo voltavam de um luau. Por volta das 22h, os dois pararam nas proximidades do Posto 10. Antes de se despedirem, os amigos resolveram se abraçar para fazer uma fotografia. Foi a senha para o início de um ataque brutal, segundo ele.

— De repente, eles se aproximaram, e um homem tentou acertar um soco, mas eu abaixei a tempo de escapar do golpe. Um outro agressor deu uma rasteira no meu amigo, que caiu no chão. Ele foi chutado várias vezes no rosto. A gente nunca tinha visto estes caras antes — disse Tarcísio.

Segundo o rapaz, ele conseguiu retirar o amigo das mãos dos agressores, que chegaram a perseguir a dupla por alguns metros. O grupo só desistiu após a aproximação de outras pessoas.

Ontem, a atriz Muca Vellasco, de 39 anos, mãe de Tarcísio, relatou o episódio no Facebook.

“A homofobia chegou a um nível tão extremo, mas tão extremo, que dois amigos não podem se abraçar, independentemente da sexualidade, que já são considerados gays e, por isso, ‘dignos’ de uma surra. Aconteceu com meu filho e com o amigo dele”, escreveu a atriz.

Muca disse que não registrou o caso na delegacia porque seu filho não sofreu ferimentos graves. Ela admitiu ter medo de novas agressões.

— As pessoas estão descontroladas e extremistas. Agridem por nada. Independentemente de qualquer sexualidade, o que aconteceu não se justifica.

Tarcísio disse que, por enquanto, vai evitar passar pelo mesmo local.

— Vou ficar um tempo em casa.

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