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Saúde Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2013, 08:00 - A | A

Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2013, 08h:00 - A | A

Retrospectiva 2013

Caos na Saúde em Várzea Grande; Hospitais não têm condições para atender pacientes

Além dos problemas detectados pelo CRM no Pronto-Socorro, há falta de respirador, monitor cardíaco, macas e cadeiras de rodas. Faltam ainda, medicamentos básicos como dipirona, soro, equipo. Segundo denúncia, os pacientes já ficaram sem transfusão de san

por Izabella Araújo/VG Notícias

O caos na Saúde em Várzea Grande marcou o ano de 2013. Filas, pacientes, falta de atendimento, e indignação, muita indignação por parte daqueles que precisam de um atendimento respeitoso.

Em 22 de outubro, o Conselho Regional de Medicina (CRM), apontou o Pronto-Socorro municipal, como à pior unidade de saúde pública de Mato Grosso. De acordo com relatório, dos dez leitos hospitalares existentes na unidade, apenas seis estão funcionando de maneira precária - para atender a população -, e quatro estão desativados. Nos leitos foram encontrados colchões rasgados, com as espumas para fora, não oferecendo conforto adequado para o paciente.

Além dos problemas detectados pelo CRM no Pronto-Socorro, há falta de respirador, monitor cardíaco, macas e cadeiras de rodas. Faltam ainda, medicamentos básicos como dipirona, soro, equipo. Segundo denúncia, os pacientes já ficaram sem transfusão de sangue por falta de equipamentos.

O CRM constatou ainda, que o corredor da unidade continua servindo como enfermaria e leito para internação de pacientes. Vários pacientes foram encontrados deitados em macas e cadeiras a espera de medicação e atendimento, o que segundo o Conselho, pode prejudicar a ainda mais a saúde destas pessoas já que tem contato direito com outras, podendo contrair outras doenças.

Se não bastasse o CRM detectar as irregularidades, o Conselho Federal de Medicina (CFM), em uma ação desenvolvida com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM/CD), considerou o Pronto-Socorro de Várzea Grande o oitavo hospital público do país que mais parece com “enfermaria de campo de guerra”. Clique aqui e confira matéria relacionada.

A crise também se instalou nos hospitais particulares em Várzea Grande. Em 22 de fevereiro de 2013, o Ministério Público Estadual (MPE) requereu a interdição do Hospital e Maternidade Santa Rita, localizado no bairro Nova, após constatação de 185 irregularidades.

Entre as irregularidades detectadas constavam a inexistência de enfermeiros para todos os plantões, falta de local adequado para esterilização química, ausência de controle mensal da qualidade da água proveniente de poço artesiano, mesas e macas oxidadas e armazenamento de materiais em desuso.

Em 30 de novembro, o hospital e maternidade, São Lucas foi alvo do Ministério Público Estadual. As irregularidades, segundo o promotor de Justiça, Rodrigo Araújo vêm desde 2007 e, até hoje, ainda restam providências a serem adotadas.

Conforme relatório técnico da Vigilância Sanitária, realizado este ano, precisa ser sanado 94 irregularidades. São problemas relacionados ao centro cirúrgico, área de internação, centro de esterilização, lavanderia, farmácia hospitalar, serviços de limpeza, ambulatórios, entre outros setores.

A lista de irregularidades inclui ausência de programa de controle de infecção hospitalar; ausência de alvará de prevenção e combate a incêndios; deficiências na estrutura física e no sistema de climatização ambiente do Centro Cirúrgico; presença de colchões com revestimento danificado; ventiladores de teto oxidados e com acúmulo de sujeira; fiação elétrica exposta; entre outras.

O pior de tudo, que em setembro deste ano, a Saúde de Várzea Grande passou a ser considerada Gestão Plena, ou seja, administrada totalmente pelo município.

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