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Cidades Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2013, 11:25 - A | A

Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2013, 11h:25 - A | A

"Síndrome do Lobisomem"

Após aplicação de laser, menina com corpo coberto de pelos será avaliada

Médico quer ver como a pele dela reagiu; nova sessão deve ocorrer dia 19.

do G1 GO

A menina Kemilly Vitória Pereira de Souza, de 2 anos e 8 meses, que tem o corpo coberto de pelos, voltará ao Hospital Materno Infantil (HMI) nesta segunda-feira (09.12) para uma nova consulta médica. O objetivo, segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, é avaliar se houve reação após a primeira sessão de laserterapia. A criança sofre de uma doença genética e hereditária chamada "hipertricose lanuginosa", também conhecida como "síndrome do lobisomem", cujo único tratamento disponível é a aplicação de laser.

"Quero ver como está a área em que os pelos foram removidos, se houve alguma alteração na pele", disse o médico ao G1.

O procedimento foi feito na quinta-feira (5) e durou cerca de 40 minutos. Após Kemilly ser sedada, a equipe médica retirou o excesso de pelos com uma máquina e, em seguida, disparou o laser sobre determinados pontos. "Se tudo der certo, no dia 19 já queremos realizar a segunda sessão. Daí para frente, ela virá uma vez por mês", explicou.

Os pais de Kemilly moram em Augustinópolis, no Tocantins, e buscaram ajuda na capital goiana após várias consultas médicas. O pai da menina, o eletricista Antônio de Souza, relatou que a criança está bem e que não se sentiu mal após o início do tratamento.

"A pele dela só está descascando um pouco, mas acho que isso é normal. No geral, ela está ótima e estamos na torcida para que consigamos fazer mais uma sessão antes de voltar para casa", afirmou Antônio.

Emoção - Após a primeira sessão de laser, a mãe de Kemilly, a dona de casa Patrícia Batista Pereira, de 22 anos, se emocionou ao lembrar dos momentos de preconceito e as dificuldades enfrentadas desde o nascimento da filha. E garantiu: "Não estou chorando de tristeza, mas de felicidade, porque a gente já lutou muito, sofreu muito mesmo para chegar aqui".

A mãe relatou as dificuldades, mas está otimista com os resultados. "Sabemos que será uma dificuldade vir todo mês, porque não temos condições de nos manter aqui. Também será um sofrimento para ela ficar de jejum nos dias de aplicação, mas estamos fazendo o melhor para a nossa filha, e um dia ela vai nos agradecer", disse.

Patrícia conta que, desde o nascimento da menina, a família percebeu que os pelos cobriam todo o corpo dela, e os fios foram escurecendo com o tempo. "Felizmente, ela é saudável e se desenvolve como uma criança normal. O problema mesmo é o excesso de pelos em todo o corpo. Só os pés e as mãos delas não têm", destacou a mãe.

Segundo Patrícia, a aparência de Kemilly causa espanto em muitas pessoas, e a família já foi hostilizada várias vezes. Com isso, evita sair de casa. "Muitas crianças não querem brincar com ela", relatou.

Diagnóstico - Calil prefere não opinar sobre o resultado final do tratamento. O médico diz apenas que o laser é eficaz.

"Não temos nenhum paciente com esse tipo de patologia nem sabemos como ela vai evoluir. Podemos ter um resultado espetacular ou regular", explicou.

Com a terapia, o laser atinge uma profundidade de 5 milímetros na pele. O cirurgião acredita que, a princípio, a lanugem (como são chamados os pelos) voltará a crescer, mas com menor intensidade. A longo prazo, o objetivo é destruir a raiz dos fios.

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