13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Internacional Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2013, 08:00 - A | A

Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2013, 08h:00 - A | A

Caso Pistorius

Acusação diz que namorada de Pistorius levou 3 tiros no banheiro

G1.com

 

O corredor paralímpico Oscar Pistoriusx disse nesta terça-feira (19) que não tinha a intenção de matar sua namorada, em declaração lida por seu advogado diante de tribunal em Pretória, na África do Sul.

Ele afirmou que estava profundamente apaixonado pela modelo Reeva Steenkamp, morta a tiros na quinta-feira (14) na casa do atleta em Pretória..

A audiência desta terça define se o atleta terá direito a fiança.

A promotoria da África do Sul considera que Pistorius cometeu "assassinato premeditado" ao atirar numa "mulher inocente".

"A vítima foi atingida três vezes quando estava no banheiro", afirmou o promotor Gerrie Nel.

"A porta do banheiro foi derrubada pelo lado de fora. Acreditamos que a porta estava trancada com chave", disse Nel.

O crime de homicídio premeditado pode ser punido com a prisão perpétua na África do Sul.

Defesa

O advogado do atleta respondeu que a morte da jovem "não foi um assassinato".

"Não há nenhum elemento que indique a mínima premeditação. Tudo o que sabemos é que se trancou no banheiro. Ela foi morta no banheiro (...) ele acreditou que era um invasor", disse o advogado Barry Roux.

Pistorius chorou descontroladamente na corte enquanto Nel relatava os detalhes do crime que chocou a África do Sul e milhões de pessoas ao redor do mundo, que viram o atleta biamputado se tornar um herói nas pistas de atletismo e um símbolo da luta contra as adversidades.

O sul-africano biamputado que se tornou um dos maiores nomes do atletismo mundial foi levado ao complexo num carro da polícia. Durante o trajeto, ele cobriu a cabeça.

A família da modelo disse em entrevista ao jornal sul-africano “Times Live” que tudo o que quer são respostas.

O funeral de Steenkamp também aconteceu nesta terça-feira na cidade de Port Elizabeth, onde houve protestos contra Pistorius.

“Ela ainda tinha muito para dar e tudo isso foi embora agora. Em um piscar de olhos ou uma respiração, a pessoa mais bela que já viveu não está mais aqui”, afirmou June Steenkamp, mãe da modelo de 29 anos. “Tudo o que temos agora é essa horrível morte para lidar. Tudo o que queremos são respostas. Respostas para por que isso teve que acontecer, por que nossa linda filha teve que morrer assim.”

A entrevista dada por telefone ao jornal foi a primeira declaração da mãe de Reeva após o crime.

“Ela tinha muito orgulho de ser sul-africana. Ela amava esse país e todas as suas pessoas. Era o único lugar que ela podia chamar de casa”, disse June.

O pai da modelo, Barry, disse ao jornal inglês “Daily Mail” que estava se esforçando para “achar alguma razão para isso ter acontecido”. A família deve divulgar um comunicado após o funeral de Reeva.

“Estamos tentando não pensar na audiência de Oscar. Não assistimos TV nem ouvimos rádio. Nós não queremos pensar nisso. Queremos apagar tudo e focar no que está acontecendo agora”, afirmou o pai, que disse que qualquer seja o resultado na corte, não trará sua filha de volta. “A questão não é o resultado. Queremos saber se ele tinha intenção. Estamos confiantes de que a justiça seguirá seu curso.”

Pistorius foi acusado de matar a namorada em sua casa de Pretória. A polícia descartou a tese de que Pistorius, de 26 anos, teria confundido a namorada com um ladrão. A promotoria quer que ele responda por crime premeditado.

Violência contra a mulher

A queda de Pistorius, o primeiro biamputado a correr nas Olimpíadas, chocou a África do Sul, onde muitos o viam como um raro exemplo de herói que transcendeu as divisões raciais que persistem na "Nação Arco-Íris" de Nelson Mandela.

Mas o assassinato de Steenkamp mais uma vez colocou um holofote sobre os níveis assustadoramente altos da África do Sul de violência contra as mulheres. O país ainda se recupera do assassinato este mês de Anene Booysen, de 17 anos, que foi estuprada, mutilada e deixada para morrer em um canteiro de obras.

A Liga das Mulheres do Congresso Nacional Africano pediu aos tribunais para negar fiança para Pistorius para mostrar que o governo está falando sério sobre o fim da violência baseada no gênero.

Sua família disse no sábado que Pistorius estava entorpecido com a dor e choque, e um pastor que o visitou no domingo (17) disse que ele ainda estava perturbado.

 

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760