O ex-soldado do Exército Jeanderson Xavier Rangel, 24, principal suspeito de ter executado a tiros a ex-mulher Ariele Lopes Vieira, 23, e o próprio filho Hemilton Jorge Neto, 4, continua foragido desde quinta-feira (01.11). O advogado da família havia informado que ele poderia se apresentar à Polícia Civil neste final de semana, o que não ocorreu até o momento. Desta forma, o delegado João Bosco de Barros que comanda as investigações do caso na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que se ele não se apresentar até este domingo (04), na segunda-feira logo pela manhã representará pela prisão provisória do jovem junto ao Judiciário.
O duplo homicídio foi praticado dentro da casa da família, no bairro Serra Dourada e os corpos de mãe e filho foram localizados na manhã da quinta-feira (1º) uma irma de Ariele, que chegou da escola, por volta das 11h. Ela se deparou com a irma morta na varanda externa da casa e o sobrinho, também morto, caído no quarto, próximo a cama dele, com 1 tiro na cabeça. Familiares apontam que Jeanderson é o principal suspeito de ter matado o filho e a ex-esposa que era estudante de direito e filha do sargento da Polícia Militar, Hemilton Jorge, atua no programa Rede Cidadã.
Na sexta-feira (02) o advogado da família informou ao delegado que Jeanderson poderia se apresentar ainda naquele dia, mas isso não aconteceu. O delegado João Bosco então ficou na expectativa que o suspeito se apresentasse neste sábado e mais uma vez nada. “O advogado disse que não conseguiu mais contato com ele e nem a família”, informa Bosco. Agora, a estratégia de familiares é aguardar que Jeanderson faça um novo contato com eles, e assim tentem mais uma vez, convencer o ex-soldado a se apresentar e prestar depoimento à Polícia Civil.
De acordo com o delegado Bosco, o pedido de prisão contra Jeanderson só não foi feito ainda porque ele acreditava na hipótese de o rapaz se apresentar por conta própria. “Mas se isso não ocorrer até domingo, na segunda-feira logo cedo vou solicitar ao Judiciário um mandado de prisão provisória contra ele”, enfatiza Bosco ao explicar que se a Justiça acatar o pedido ele terá um prazo entre 5 e 10 dias para reunir provas concretas contra o acusado, o que não existe até o momento, uma vez que ele não foi ouvido e existem apenas indícios de que ele seja o autor dos disparos que vitimaram a ex-esposa e uma criança de 4 anos.
Bosco enfatiza não ter dúvidas de que Jeanderson seja o assassino, pois questiona por qual motivo que um pai ao saber para a Justiça permanece sumido e não procura a Polícia para saber o que aconteceu. Contudo, ressalta o delegado, preciso conseguir provas concretas contra o suspeito e a prisão provisória tem justamente esse objetivo. Somente após essa etapa é que poderá analisar se solicita a prisão preventiva à Justiça.
Histórico - Jeanderson Xavier Rangel já foi condenado pela Justiça pelo crime de roubo à mão armada praticado no dia 2 de outubro de 2007 em companhia de outros 2 comparsas que na época, assimo como ele, eram soldados do Exército. Eles roubaram a quantia de R$ 81 em dinheiro e um aparelho celular de um casal, mediante grave ameaça exercida com emprego de uma arma de fogo. O crime foi praticado via pública na praça Clóvis Cardoso, situada na região central de Cuiabá. Pelo crime, Jeanderson foi condenado a 7 anos de prisão em regime semi-aberto pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Capital em 18 de dezembro de 2008.
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