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Fatos de Brasília Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2025, 15:17 - A | A

Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2025, 15h:17 - A | A

Bastidores Quentes em Brasília

Eleição das Presidências da Câmara e do Senado no próximo sábado e os desafios do orçamento

Um dos temas centrais que deve movimentar o Congresso é a questão das emendas parlamentares

Edina Araújo/VGN

Os bastidores da política em Brasília estão fervendo com a proximidade das eleições para as Presidências da Câmara e do Senado, marcadas para o próximo sábado (01.02). Antes mesmo do pleito, reuniões estratégicas já estão agendadas, destacando o orçamento como prioridade absoluta para o Governo Federal.

Na sexta-feira, membros da Comissão Mista de Orçamento (CMO) estarão reunidos para tratar das primeiras pautas importantes do ano legislativo. Entre elas está a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que deveria ter sido aprovada no ano passado, mas acabou sendo adiada para 2025. A meta agora é acelerar a aprovação, embora o processo enfrente entraves delicados, como os vetos presidenciais relacionados às diretrizes orçamentárias.

A questão das emendas e os desafios de Alcolumbre

Um dos temas centrais que deve movimentar o Congresso é a questão das emendas parlamentares. Parlamentares pressionam para que elas sejam consideradas “imbloqueáveis” e protegidas de qualquer intervenção do governo. No entanto, o presidente Lula já demonstrou resistência, vetando propostas que buscavam fortalecer o fundo partidário e garantir total autonomia para as emendas.

Com a eleição de Davi Alcolumbre, 47 anos, filiado ao União Brasil pelo Amapá, praticamente assegurada para a Presidência do Senado e do Congresso, ele já enfrenta um dilema espinhoso: decidir quando convocará a primeira sessão conjunta para análise dos vetos presidenciais. Essa decisão será crucial para destravar o orçamento e viabilizar as negociações políticas no início do ano.

Além disso, as alianças costuradas para as eleições da mesa diretora trazem uma complexidade adicional. Na Câmara, Hugo Motta, 35 anos, filiado ao Republicanos da Paraíba, aparece como favorito, tendo articulado um acordo que une partidos antagônicos, como o PL e o PT. Apesar da previsibilidade no resultado da votação, o desafio será harmonizar pautas divergentes e atender às demandas dos partidos que disputarão os espaços de poder na nova mesa diretora.

Dinheiro, emendas e prioridades do governo

O tema das emendas parlamentares continua sendo um ponto de atrito entre o governo, o Congresso e até mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF). A destinação de recursos para atender às demandas de deputados e senadores muitas vezes entra em conflito com os planos do governo para implementar políticas públicas. Essa dinâmica, característica do modelo político brasileiro, dificulta o uso racional do orçamento, gerando desperdícios e abrindo espaço para escândalos.

Para 2025, o cenário não deve mudar significativamente. A relação entre o Executivo e o Legislativo continuará pautada por negociações envolvendo emendas. É provável que esse tema ganhe ainda mais relevância nas eleições de 2026, uma vez que a atual estrutura limita a capacidade do governo de cumprir promessas de campanha e priorizar projetos estratégicos para o país.

Enquanto a eleição de sábado promete consolidar o poder de Alcolumbre e Hugo Motta nas duas casas legislativas, os desafios orçamentários e as tensões políticas permanecerão como protagonistas em Brasília.

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