A candidata a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL) após gravar um vídeo usando palavras como "criminosos", "bandidos da pior espécie", "corruptos", relacionando matérias vinculadas com fotos do vereador Pablo Pereira (União), preso na operação Gota d'água, que investiga um esquema de adulteração dos valores das contas de água na Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG), recuou das acusações feitas ao defender seu aliado, vereador Bruno Rios (PL).
Flávia Moretti usa operação para criticar o vereador Pablo Pereira
No vídeo, Moretti acusou Pablo Pereira de usar do poder como parlamentar para dificultar o acesso à água para os munícipes. "Criando problemas artificiais, cobrando propina a moradores que já viviam sem o mínimo necessário. Não vamos mais tolerar o jogo sujo, que deixa o cidadão sem água de propósito para encher os bolsos dos corruptos", enfatizou a candidata.
Ao ser entrevistada pelo na noite dessa quarta-feira (25.09), Flávia Moretti mudou o discurso do vídeo, e ainda defendeu o posicionamento de seu aliado, que mesmo sendo da oposição disse que não iria se manifestar, pois não teve acesso ao processo que está em segredo de Justiça e eram "só palavras" as acusações de envolvimento do vereador Pablo Pereira na operação.
Bruno Rios nega abrir CPI contra vereador que foi preso
Durante a sessão ordinária de terça-feira (24), Bruno Rios, disse que não pode agir de forma irresponsável ao fazer acusações sem ter provas materiais em mãos.
Bruno Rios destacou que, até o momento, possui apenas "palavras e palavras" e informações veiculadas pela imprensa. Para que o caso possa ser investigado com maior profundidade, ele afirmou ser necessário o acesso ao processo, já solicitado à delegacia responsável pelo inquérito.
Sem citar que os envolvidos seriam criminosos, dessa vez Flávia disse ao que como advogada está "louca" para saber o que está acontecendo no inquérito.
Juiz manda Flávia apagar fake news
O vídeo divulgado pela candidata foi excluído de suas redes sociais, após determinação do juiz eleitoral Wladys Roberto Freire do Amaral, que considerou que a candidata incorreu da prática de ilícito eleitoral, caracterizada por difundir afirmação sabidamente inverídica.