O candidato à reeleição da coligação “A Mudança Merece Continuar”, prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), em entrevista ao “VG Notícias no Ar” nessa sexta-feira (16.10) alertou que Cuiabá não pode voltar ao retrocesso de os servidores terem que emprestar dinheiro em seus próprios nomes para receberem o seus salários.
“É uma vergonha, voltar a esse tempo é um retrocesso terrível na vida das pessoas. Temos até hoje famílias que pagam, que têm sequelas desse período sombrio da gestão pública municipal, onde por quase um mandato você tinha que emprestar dinheiro em seu próprio nome para receber o seu salário, que é sagrado. Isso não cabe mais, isso é o fim do mundo”, afirmou Pinheiro ao oticias.
A indireta foi para o concorrente, candidato à Prefeitura de Cuiabá e ex-prefeito por dois mandatos Roberto França (Patriota), que usou do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) para o pagamento dos salários que resultou contra o Patriota uma condenação.
França, durante oito anos de mandato, decidiu na época utilizar a forma de pagamento para quitar seis folhas e meia de salário dos servidores, segundo ele, deixadas pelo seu antecessor. Mas ainda sim, duas folhas e meia acabaram sendo quitadas pelo sucessor Wilson Santos (PSDB).
Para Emanuel, se a Lei de Responsabilidade Fiscal existisse com avanço como atua hoje “gestor nenhum ficaria no cargo que promovesse o absurdo de pagar o salário com CDC, com financiamento.”
“Salário é sagrado do servidor, isso não se meche, não se discute, salário todo último dia útil tá na conta. Eu trato os servidores com prioridade e eles sabem e também presam por isso, dentro do equilíbrio fiscal. Você não pode quebrar a Prefeitura! Você tem metas! você não pode gastar mais de 54%, o limite prudencial é de 51.3%. Então o gestor sabe que ele tem que navegar em uma área de segurança. Para você ter uma ideia, o fechamento do último quadrimestre de Cuiabá foi azul do azul, fechamos em 47.8%, em relação à folha de pagamento, ou seja, bem distante do limite”, destacou. Leia mais - Emanuel diz que salário em dia não é favor e nem proposta de Governo: "É obrigação de todo gestor sério"