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Cidades Quarta-feira, 01 de Abril de 2015, 17:40 - A | A

Quarta-feira, 01 de Abril de 2015, 17h:40 - A | A

Eder confirma transações imobiliárias, mas nega ilegalidades, diz advogado do ex-secretário

Eder, depois de prestar depoimento por 4 horas, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para ser submetido a exames de corpo de delito e na sequência ser levado para uma cela do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

por Welington Sabino, repórter do GD

A defesa do ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PHS), preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (1º.04) na 7ª fase da Operação Ararath, confirmou as transações imobiliárias praticadas por Moraes que incluem transferência de imóveis para nomes de outras pessoas, inclusive do filho de Eder. No entanto, negou com veemência que haja qualquer irregularidade ou prática de crimes por parte do ex-secretário utilizando-se de “laranjas” com intuito de ocultar a real propriedade dos imóveis e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro de bens. O advogado Ronan de Oliveira garante que todas as transações foram feitas dentro da legalidade e que os documentos vão comprovar tal versão.

Eder, depois de prestar depoimento por 4 horas, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para ser submetido a exames de corpo de delito e na sequência ser levado para uma cela do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

Conforme o advogado de Eder, toda a documentação das transações imobiliárias foi entregue pelo próprio Eder aos agentes da PF, apesar de, segundo ele, não terem sido alvos da busca e apreensão realizada no apartamento do ex-secretário. A ordem de prisão preventiva bem como de busca e apreensão foi decretada pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). O magistrado é o responsável por todas as ações penais da Operação Ararath que já tramitam na Justiça Federal de Mato Grosso.

“Está tudo devidamente registrado, tudo legalmente, inclusive nós entregamos aqui toda a documentação que vai ser remetida com o inquérito policial ao juiz federal. Toda a transação que o Eder fez, da última vez que ele foi solto de lá pra cá”, sustentou o advogado ao confirmar que Moraes chegou a passar um terreno para o nome do filho. “Chegou sim. Normal, normal”, justificou. O advogado sustenta ainda que todas as transações envolvendo imóveis de Eder estão declaradas no Imposto de Renda do ex-secretário.

Os documentos segundo ele, não estavam na casa de Eder por isso não foram apreendido pela PF. Mesmo assim, a defesa garante já foram entregues pelo próprio Eder. “Estou falando que ele fez transações imobiliárias normais, comuns, tanto é que entregou os documentos que sequer tinham sido apreendidos pela Polícia Federal. Nós trouxemos agora, foram entregues agora pelo próprio Eder que porque foi decretada a busca e apreensão e esses documentos que nós trouxemos agora não estavam na casa do Eder. Nós trouxemos e entregamos pra Polícia o que mostra toda transparência das transações imobiliárias que o Eder faz”.

De acordo com a Polícia Federal, membros e funcionários de empresas da família Piran estariam envolvidos nos esquemas de lavagem e ocultação de dinheiro, movidos pelo ex-secretário Eder Moraes. A defesa contesta e desqualifica a versão da PF. “Não tem nada a aver com o Piran, nada a ver. Equivocadamente eles [Polícia Federal] estão falando isso”, contrapõe Ronan de Oliveira. Questionado se Eder não fez nenhum tipo de negociação integrantes da família Piran, o advogado alega que não. “Não, nada. Nenhum negócio, nenhuma venda, nem compra e venda, nenhum negócio. Estão remoendo coisas passadas que não tem nada a ver com a Ararath”, justifica.

Dificuldades financeiras - Em entrevista coletiva, delegado da Polícia Federal, Marco Aurélio Faveri, que atua no setor de Combate ao Crime Organizado, revelou que foi foi encontrado nenhum real nas contas de Eder Moraes. A defesa também deu sua justificativa. “Mas ele está sem trabalhar, ele está com dificuldade financeira”, destacou o advogado Ronan que foi questionado por jornalistas se então Eder não teria dinheiro pra se sustentar. “Tem, pra pagar ele está trabalhando. Vai entrando e vai gastando, exclusivamente dinheiro de conta corrente”, explicou o jurista.

Ronan de Oliveira classificou a prisão como “extremamente equivocada” e pontou que ingressa com pedido de habeas corpus ainda nesta quarta-feira. A expectativa é que o pedido seja apreciado em regime de plantão devido ao fato do feriado da Semana Santa.

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