O jovem de 19 anos que não possuía o queixo devido a uma má formação óssea na face realizou a terceira cirurgia de reparação e está se recuperando bem no pós-operatório. Desde de criança, o auxiliar de serviços gerais Luiz Antônio dos Santos enfrentava inúmeros problemas, na fala, alimentação, e, agora, declara estar muito feliz com com o novo estilo de vida por conta da cirurgia. “Eu consegui realizar o maior sonho da minha vida. Agora as coisas vão ficar bem melhor”, enfatizou em entrevista ao G1.
O procedimento cirúrgico em Luiz Antônio foi realizado no dia 25 de abril, quando uma placa foi implantada no maxilar e deverá ser retirada em 40 dias. “O único contratempo é que a placa faz dificultar a minha fala e a mastigação, mas, de resto, estou muito contente com o resultado”, pontuou o jovem. Ele conta ainda que tem de realizar procedimentos pós-cirúrgicos diariamente, como terapia com fonoaudiólogo, fisioterapia e também laserterapia. “A minha respiração melhorou muito após o procedimento e eu não ronco mais enquanto durmo. Antigamente, eu roncava muito e possuía dificuldades para dormir por causa disso”, revelou.
Luiz nasceu de parto normal e o médico teria utilizado um 'forceps', aparelho que serve para fazer a retirada do bebê, erroneamente. A suspeita é de que, durante o procedimento, tenha fraturado os ossos da face, principalmente, os que são responsáveis pelo crescimento normal da mandíbula.
Mastigar maçã é um sonho antigo do rapaz, que havia revelado, anteriormente à cirurgia, que nunca tinha conseguido comer a fruta normalmente. O sonho, porém, ainda não foi realizado. “Eu não consigo comer maçã por conta da placa, só posso comer alimentos pastosos, mas assim que puder, realizarei o meu sonho de comer a fruta sem nenhum empecilho”, ironiza.
Aos cinco anos de idade, ele não conseguia abrir a boca e, com o passar dos tempos, sofria para dormir por conta da má respiração. Ele implantou duas próteses de mandíbulas, que são importadas, e custaram cerca de R$ 160 mil. Todos os custos do procedimento foram cobertos por um plano de saúde.
O cirurgião buco maxilo facial, José Abel Porto, informou que problemas de má formação dos ossos da face são comuns e afetam 25% da população. “Quando vemos um perfil desagradável em uma face ou, frontalmente, é porque há alguma alteração que pode prejudicar a saúde, então, devemos investigar o caso”, revela. O especialista disse ainda que a deformação precisa ser corrigida para que a pessoa leve uma vida saudável.
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