por Rojane Marta/VG Notícias

Novamente o caos na saúde de Cuiabá repercutiu em nível nacional. Na noite de ontem (28.05) o programa global “Profissão Repórter” retratou a falta de leitos nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) em várias capitais do Brasil, entre elas, Cuiabá.

A reportagem mostrou o desespero de pais que aguardavam uma vaga na UTI para transferência de seus filhos. No Pronto-Socorro de Cuiabá, com a UTI pediátrica fechada, crianças em estado de saúde gravíssimo aguardavam na enfermaria por atendimento adequado.

Duas crianças foram foco da reportagem, em Cuiabá. Uma estava internada e precisava passar por uma pneumologista, porém, não tinha no Pronto-Socorro da capital. A outra, um bebê de um ano, estava com problemas cardíacos e somente conseguiu a transferência para um hospital particular após a repórter interceder. Porém, 10 horas após dar entrada na unidade particular, o bebê faleceu.

O secretário de Saúde de Cuiabá, médico Kamil Fares, disse na reportagem, que o Pronto-Socorro é uma bomba atômica e que quando assumiu o cargo não imaginava que a situação fosse tão grave como a encontrada. “Hoje é uma guerra, eu estou como secretário de Saúde aqui e não imaginava que a situação fosse de tão gravidade como é. Isso aqui está uma bomba atômica” destacou.

Fares falou ainda, que no Pronto-Socorro da capital “salva quem puder” e para solucionar o problema, conforme ele, o município irá locar um hospital fechado para atender os casos de alta complexidade. “Aqui está um salve se quem puder. Nós estamos fazendo o máximo para resolver esse problema emergência, assumimos esta gestão há quatro meses e de imediato nós vamos alugar um hospital fechado para fazer todo atendimento de alta complexidade. A vida é assim mesmo, mas infelizmente do jeito que estão os hospitais hoje é uma situação muito preocupante, por isso que digo, tem muita gente morrendo hoje, sem necessidade de morrer” declarou Kamil fares