Um homem identificado como Cássio Santana da Cruz, de 34 anos, foi preso na manhã de ontem (14.08) acusado de tentar matar a tiros a mulher e o chefe dela por ciúmes. Depois que a vítima recebeu uma promoção, o agressor passou a desconfiar de uma possível traição.
Cruz trabalhava como promotor de vendas e não tinha passagens pela polícia. Ele tentou matar a mulher, Ivoneide Santana, e o suposto amante dela, no dia 18 de março. No dia do crime, imagens do circuito interna de segurança onde a vítima foi baleada flagraram a ação do criminoso e ajudaram nas investigações da polícia.
O delegado responsável pelo caso, Daniel Gomes, da 17ª DP (Taguatinga Norte), onde a ocorrência está registrada, disse que todo o crime foi premeditado e que o acusado estava determinado a matar.
— Ele conhecia a rotina da mulher e aproveitou o momento em que ela parou para beber água para abordá-la. Tirou a arma, guardada em um envelope, o que demonstra o interesse em ocultá-la enquanto transitava do carro ao local do crime, e atirou cinco vezes. Quatro balas acertaram a mulher, que mesmo caída no chão ainda foi alvejada duas vezes.
Após se "vingar" da mulher, o homem foi em direção à empresa onde a vítima trabalhava como gari e colocou o uniforme dela para entrar e se misturar com os funcionários.
Em seguida, foi atrás do chefe da vítima e atirou várias vezes. Uma das balas acertou o ombro do homem. Depois disso, Cruz tentou fugir e passou um tempo em Barreiras, na Bahia, mas voltou recentemente e estava escondido em uma casa em Samambaia, região administrativa do DF.
As duas vítimas foram atendidas na época, passaram pelos procedimentos cirúrgicos necessários e hoje passam bem, mas desde então não estavam saindo de casa ou indo ao trabalho com medo de novas represálias.
— Com a prisão dele, a rotina dessas pessoas deve voltar ao normal aos poucos. Ele sabia muito bem o que iria fazer, porque seis dias antes, ou seja, dia 12 de março, ele levou a mulher para um lugar deserto, amarrou as mãos dela, puxou a arma e quase a obrigou a confessar a suposta traição.
Na ocasião, a mulher negou tudo e teria sido obrigada a ligar para o suposto amante marcando um encontro, porque ele seria morto. No entanto, o telefone tocou e ninguém atendeu.
Agora, ele está na carceragem do DPE (Departamento de Polícia Especializada) e responderá por dupla tentativa de homicídio qualificado. Se for condenado, poderá pegar até 15 anos de prisão.
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