O delegado Olímpio da Cunha Fernandes Junior, em coletiva de imprensa na sexta-feira (19.04), afirmou que a equipe de investigadores da Polícia Civil trata todas as pessoas, inclusive os presos, com muita dignidade. Segundo Cunha, a alimentação foi fornecida aos detidos porque não havia certeza de que chegariam a tempo para as refeições no presídio.
A declaração do delegado é uma resposta ao vídeo que circulou em grupos de WhatsApp, mostrando o jovem e dois adolescentes, presos por latrocínio contra três motoristas de aplicativo, comendo lanches na delegacia.
Conforme Olímpio, os detidos estavam sem comer, e a equipe não sabia se, ao serem encaminhados para a carceragem, chegariam a tempo de ser alimentados. O delegado ressaltou que os policiais fizeram uma cota para comprar os lanches, evitando que os presos passassem fome.
“A equipe procurou um local que pudesse fornecer uma alimentação de qualidade aceitável aos presos. Curiosamente, na delegacia, mais de 50 policiais também estavam com fome, e aquele cheiro gostoso pairava na sala. Mas são situações hilárias da nossa profissão,” ponderou Cunha.
Questionado sobre a declaração de Lucas Ferreira, 20 anos, em audiência de custódia, de que teria sido agredido por policiais, Olímpio esclareceu que ninguém foi fisicamente abusivo com os detidos. Segundo ele, se a defesa optou por levantar essa questão na audiência, pode ter sido por receio das consequências dos atos do acusado.
Após a solicitação de um exame de corpo de delito pelo promotor Milton Pereira Merquiados, para investigar a denúncia de abuso de autoridade, Olímpio defendeu a ação do Poder Judiciário, afirmando que a investigação das alegações, mesmo que falsas, é um procedimento natural e não causa constrangimento aos envolvidos na segurança pública.
Cunha expressou tristeza ao saber que o defensor público foi ameaçado, ressaltando a importância de seu papel na justiça. “A população precisa revisar sua ira e temores e aceitar a justiça que é possível,” concluiu.
Finalmente, o delegado afirmou que a polícia desempenhou seu papel ao prender os criminosos, cabendo agora à legislação responder à sociedade.
Dois motoristas de APP desaparecem em menos de 72 horas em Cuiabá
Mulher que “atraiu” motorista de APP para morte tinha relacionamento com menor assassino
Delegado revela que grupo suspeito de matar motoristas de APP pode estar envolvido em mais crimes
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).