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Internacional Terça-feira, 30 de Julho de 2013, 10:15 - A | A

Terça-feira, 30 de Julho de 2013, 10h:15 - A | A

Insultos

Ucraniano que desapareceu com filha faz ofensas ao Brasil em rede social

Alexandre Levin diz que Brasil "mexeu" com um russo de sangue judeu. Menina Ieda faz dois anos nesta terça-feira (30).

do G1 TO

Alexander Levin, 47 anos, pai da menina Ieda Alexandra Vieira Levin, que desapareceu na Ucrânia há mais de um mês, está publicando em sua rede social ofensas direcionadas ao Brasil e aos brasileiros. Além de difamar o país, ele está divulgando insultos contra a tocantinense Oziene Vieira Barbosa, 25 anos, mãe da criança.

No dia 19 deste mês, o pai da menina veiculou uma foto que mostra Ieda com poucas semanas de nascimento. Nessa foto ele conta que "não irá deixar sua garotinha crescer em um país sem esperanças", se referindo ao Brasil. Abaixo uma brasileira responde "pai muito amoroso", ao que o ucraniano agradece e ironiza: "Obrigada... você quer ter um bebê comigo agora."

Em uma das postagens, feita no dia 20 desse mês, Levin faz várias ofensas ao país e diz que o Brasil mexeu com um russo de sangue judeu. Ele ainda afirma que não é italiano ou suíço, dando a entender que esses seriam povos mais pacíficos.

Oziene conta que o pai da menina está denegrindo sua imagem na rede social, chamando ela de prostituta. Ela diz que essa é uma atitude covarde da parte dele. "Eu estou tranquila porque eu sei a verdade. Só quero ver minha filha, saber se ela está bem."

A mãe conta ainda está com "o coração apertado" por causa da filha que faz dois anos nesta terça-feira, 30. Na semana passada, ele revelou que sonhava em estar com a filha no aniversário, que implorou para o pai da menina deixar vê-la, mas o desejo acabou em frustração.

Diplomacia - De acordo com o Itamaraty, existe um acordo entre o Brasil e outros países, incluindo a Ucrânia, que trata da abdução ou sequestro internacional de menores. A Convenção de Haia (1980) trata justamente desse assunto e tem como objetivo evitar que a criança seja prejudicada por estar ilegalmente fora de seu país de origem.

Ainda segundo o Itamaraty, a função que exerce é a de intermediar as negociações entre a justiça brasileira e a justiça do país estrangeiro, por intermédio dessa convenção. No entanto, não foram reveladas mais informações sobre o caso específico de Oziene, que já é de conhecimento do órgão.

Entenda o caso - Em junho deste ano, a tocantinense Oziene Vieira Barbosa pediu ajuda por meio da família, que mora em Palmas, para localizar a filha Ieda, que nesta terça-feira (30.07) faz dois anos. Oziene foi levada à Ucrânia pelo pai da criança, o ucraniano Alexander Levin, com a promessa de ficarem juntos. Porém, no dia 27 de junho, o homem disse que iria comprar leite e levou a filha junto não retornando mais.

A mãe da menina ficou desesperada porque não sabia como voltar para casa e o único meio disponível para encontrar a filha era a comunicação por email com o pai da criança. A jovem também não saía de casa porque disse que não conseguia se comunicar com os ucranianos e não conhecia a cidade de Vinnitsa (a duas horas da capital Kiev). Por isso, ela pediu ajuda à família que mora em Palmas (TO).

Para comprar a passagem de volta, a família de Oziene juntou dinheiro e conseguiu pagar uma passagem de Vinnitsa para Recife, e então para Palmas. A mãe da criança chegou à capital do Tocantins na última quarta-feira (17), mas sem a filha.

Em Palmas, Oziene revelou que está grávida de dois meses e que a criança também é filha do ucraniano. Na última sexta-feira (26), ela entrou com um pedido na justiça brasileira para conseguir a guarda da filha e com isso encontrar o pai da criança para tentar resolver a situação.

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