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Internacional Quinta-feira, 09 de Maio de 2013, 10:12 - A | A

Quinta-feira, 09 de Maio de 2013, 10h:12 - A | A

Doença Incurável

'Preferia que meu filho tivesse câncer', diz pai em anúncio

Menino de seis anos tem doença incurável que causa a degeneração progressiva dos músculos

do R7

 

'Eu preferiria que meu filho tivesse câncer'. Com essa frase provocativa, o britânico Alex Smith criou um anúncio publicitário publicado em dois conhecidos jornais britânicos.

Seu objetivo era despertar a opinião pública para seu filho Harrison, de seis anos, portador da Distrofia de Duchenne, uma doença genética incurável que causa a degeneração progressiva dos músculos. Segundo Smith, a expectativa de vida de seu filho é de apenas 25 anos.

'Não há chances (de recuperação) ou medicamentos para ajudar, apenas a certeza de uma vida muito curta, marcada por uma doença debilitante que o deixará incapaz de se mover até que seu coração ou pulmões desistam de sua batalha', diz Alex, no site www.harrisonsfund.com.

O anúncio causou polêmica: a frase original, em inglês — I wish my son had cancer —, pode ser lida simplesmente como 'gostaria que' ou 'quem me dera meu filho tivesse câncer'.

— Como eu poderia desejar que meu filho tivesse uma doença tão terrível? Mas a verdade é que o diagnóstico de câncer, ainda que duro, é preferível ao diagnóstico do meu filho. A maioria dos cânceres infantis são curáveis atualmente. Harrison não tem essa chance. E eu faria qualquer coisa para que meu filho vivesse mais do que eu.

Pesquisas - Com o anúncio, Smith pede doações para a causa. 'Minha única esperança é levantar o máximo de dinheiro possível para pesquisas científicas' que curem ou ao menos amenizem a doença, diz a peça publicitária.

Mas, ciente de que a cura pode não chegar a tempo para salvar Harrison, Smith disse que deseja também 'iniciar a conversa sobre a doença', da qual ouviu falar pela primeira vez em 2011, quando seu filho foi diagnosticado.

— É muito difícil conseguir financiamento (para pesquisas a respeito da doença). Não há histórias bonitas de sobrevivência. Então precisei aumentar o volume (para ser ouvido). Harrison tem uma rara mutação (do mal de Duchenne), então a expectativa de cura é pequena. Mas esperamos poder ajudar outras pessoas como ele.

A Distrofia de Duchenne afeta, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), um a cada 3,5 mil crianças do sexo masculino. É um mal genético ligado ao cromossomo X, em que a ausência de uma proteína provoca a degeneração progressiva dos músculos.

Em muitos casos, as crianças perdem a capacidade de andar aos 12 anos de idade.

Smith — que é casado e tem outro filho, de quatro anos — conta que Harrison é hoje um menino extrovertido que gosta de correr, mas que está perdendo cada vez mais a habilidade de fazê-lo.

— Ele luta para conseguir se levantar do chão e não corre mais com facilidade. É frustrante para ele e de cortar o coração para nós.

O pai ainda não contou ao filho a baixa expectativa de vida associada à doença.

— Não é algo que uma criança de seis anos precise saber. Mas vai chegar um momento em que ele vai 'googlar' a respeito e teremos que ter essa conversa.

 

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