A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, revogou a prisão preventiva do empresário Willians Paulo Mischur, proprietário da empresa Consignum, preso na última sexta-feira (11.03) durante a segunda fase da "Operação Sodoma".
O empresário é investigado por efetuar empréstimos consignados, por meio de sua empresa a servidores públicos do Estado. As investigações apontam ainda que a Consignum teriam beneficiado ex-secretários de Estado, como Pedro Nadaf e Cesár Zilio inclusive na compra de imóveis.
Mischur foi solto na noite dessa terça-feira (15.03), após prestar depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE). Ele teria passado ao MP informações que podem ajudar a desvendar os supostos esquemas de corrupção realizados no governo do Estado nas gestões de Blairo Maggi, hoje senador (PR) e Silval Barbosa (PMDB), que está preso no centro de custódia de Cuiabá.
Assim como o empresário João Batista Rosa, da empresas Tractor Parts, Willians afirmou ao MP que foi extorquido por membros do Poder Executivo Estadual, e que as extorsões começaram a ocorrer em 2008 no governo de Maggi quando sua empresa assinou o primeiro contrato com o Estado.
Na época, a Consignum foi contratada para atuar na gestão de margens consignadas na folha de pagamento dos servidores públicos. Segundo ele, para assinar ou renovar contratos ele era obrigado a pagar propina a secretários.
O empresário revelou ainda que firmou um acordo com o ex-secretário César Zìlio, no final de 2015, referente à compra de um terreno localizado na Avenida Beira Rio, em Cuiabá.
Mischur disse que somente assinou um contrato retroativo para dar "suposta legalidade" a compra do terreno no valor de R$ 13 milhões porque caso não aceitasse as responsabilidades das irregularidades seriam direcionadas a ele.
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