Os hospitais filantrópicos em Cuiabá devem parar as atividades por 24 horas para cobrar repasses financeiros por parte do município e do governo de Mato Grosso. O movimento teve início na manhã desta quinta-feira (10) no Hospital Santa Helena, na Santa Casa de Misericórdia, no Hospital de Câncer e no Hospital Geral Universitário. Conforme as instituições, as quatro unidades representam quase 80% dos leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) do estado.
A prefeitura de Cuiabá ainda não se posicionou sobre o assunto. O estado disse que deve se posicionar ainda nesta manhã.
Os quatro hospitais atualmente somam cerca 3,5 mil internações por mês, sendo que 750 leitos são disponibilizados ao SUS. São feitas aproximadamente 350 cirurgias por mês em cada unidade. O Hospital Geral Universitário e o Hospital Santa Helena realizam 1,1 mil partos por mês, o que representa mais de 50% dos partos realizados no estado.
Conforme o presidente da Santa Casa de Misericórdia, Antônio Preza, não foi feito o repasse dos meses de janeiro e fevereiro aos hospitais das cirurgias de média e alta complexidade. O montante somaria aproximadamente R$ 21,4 milhões, disse Preza, sendo R$ 6,5 milhões para a Santa Casa, R$ 6,4 milhões do Hospital de Câncer, R$ 4 milhões do Santa Helena e R$ 4,5 milhões do Hospital Geral Universitário.
"A paralisação é por falta de regularização do repasse financeiro. Está atrasado. Queremos que o SUS olhe para as instituições filantrópicas. A gente sempre trabalhou com déficit. A gente quer que essa situação mude", disse Antônio Preza.
A paralisação é "de alerta", afirmou o presidente da Sana Casa. Assim, devem ser interrompidos por 24 hora as atividades eletivas dos quatro hospitais. Os atendimentos de urgência e emergência devem ser feitos normalmente nesta quinta-feira.
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