Funcionários da empresa “Aurora Construtora”, responsável pela construção de conjuntos habitacionais em Várzea Grande do programa “Minha Casa, Minha Vida”, denunciaram que materiais que deveriam ser utilizadas nas obras das casas populares estão sendo “furtados”.
De acordo com relatos de alguns funcionários, várias latas de tintas, portas e janelas, que deveriam ter sido utilizados nos conjuntos habitacionais do Residencial Jequitibá – em construção na região da Rodovia Mario Andreazza -, estão sendo furtados “diariamente” por moradores de bairros vizinhos, sem que nenhuma providência seja tomada por parte dos responsáveis.
Conforme eles, os possíveis “ladrões” seriam moradores dos residenciais José Carlos Guimarães, Solaris do Tarumã e Jacarandá. “Temos notícia que moradores desses locais pintaram suas casas, por dentro e por fora, usando tintas furtadas daqui”, denunciou o funcionário da empresa que pediu para não ter a identidade revelada, por precaução.
Ainda de acordo com ele, os furtos começaram quando a empresa “Aurora Construtora” parou de executar as obras do Residencial Jequitibá, em abril de 2015, quando a empresa entrou com pedido de recuperação judicial.
Vale lembrar que a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), assim que assumiu a Prefeitura, determinou a suspensão de 1.295 contratos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, na cidade, protocolados no Banco do Brasil e com previsão para ser entregue em outubro deste ano, por conta de irregularidades.
Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil público para investigar possíveis irregularidades no cadastro e distribuição das casas, que de acordo com denúncia encaminhada ao órgão, estariam sendo concedidas para pessoas que não se enquadram no perfil do programa.
Outro Lado – A reportagem do VG Notícias não conseguiu falar com a empresa Aurora Construtora, até o fechamento da matéria os telefones disponibilizados na internet só dão ocupados.
O VG Notícias também tentou falar com o secretário de Desenvolvimento Urbano, Econômico e Turismo, Adilson Arruda, sobre as denúncias, mas até o fechamento da matéria ele também não atendeu e nem retornou o contato.
