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Cidades Quinta-feira, 13 de Outubro de 2016, 13:06 - A | A

Quinta-feira, 13 de Outubro de 2016, 13h:06 - A | A

Opinião

Em Mato Grosso, escolas com melhor desempenho são privadas e com nível socioeconômico elevado

por Joseph Razouk Júnior*

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal porta de entrada para as grandes universidades brasileiras e um dos mais significativos termômetros da qualidade da educação no país, revelou uma distância ainda maior entre o ensino público e o particular. Nos resultados de 2015, divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), das 100 primeiras escolas no ranking, 97 são particulares e apenas três públicas – todas as três federais. No grupo das 1.000 melhores, 49 são públicas, resultado ainda pior que o do ano anterior: no ranking de 2014, eram 93.

Em Mato Grosso, o resultado é ainda mais alarmante: nenhuma escola pública aparece na lista das 50 melhores notas do Enem. Um dos motivos dessa desigualdade pode estar relacionado ao nível socioeconômico: das 15 primeiras colocadas, apenas três são de nível socioeconômico alto – o restante é muito alto. Segundo o doutor em Educação Histórica, Daniel Medeiros, a medida mais eficiente para compensar a deficiência socioeconômica seria aulas em tempo integral nas escolas públicas. “A escola pública precisa é de mais aula, mais assistência aos estudantes, mais exposição aos conteúdos da base curricular, mais tempo junto aos professores, mais atividades, mais leitura (muito mais leitura), mais projetos envolvendo as áreas do conhecimento, mais compreensão da história dessas ciências e de sua interação com o mundo real”, ressalta.

Para Medeiros, outros motivos também estão associados a essa distância: materiais didáticos de qualidade e professores mais qualificados. Para se ter uma ideia, das 15 primeiras escolas no ranking, três utilizam o Sistema Positivo de Ensino (SPE), nas cidades de Juína, Rio Verde e Sinop. O SPE é desenvolvido em Curitiba (PR), onde conquistou a melhor nota do Enem em toda a região Sul do Brasil. Quem responde por ele é justamente o Colégio Positivo, em Curitiba - que pertence ao mesmo grupo onde o sistema foi criado e onde é testado todos os dias. Atualmente, cerca de 2 milhões de alunos brasileiros se preparam para o vestibular e o Enem tendo como base o conteúdo desenvolvido pela Editora Positivo.

Para o diretor editorial da Editora Positivo, Joseph Razouk Júnior, o resultado não pode ser usado para comparar escolas entre si, uma vez que a participação dos estudantes é voluntária e os participantes vem de contextos muito heterogêneos. “Mesmo assim, o exame é uma boa ferramenta para a análise da educação no Brasil e suas perspectivas ao longo prazo, uma vez que sinaliza onde é preciso melhorar”. Neste sentido, o SPE aparece como uma ferramenta estratégica, pois traz instrumentos que contemplam tanto o aluno, como o professor, a comunidade administrativa da escola e a família.

 

*Joseph Razouk Júnior - diretor editorial da Editora Positivo 

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