O senador Jaime Campos (DEM) lamentou o aumento da violência em Mato Grosso - e criticou Silval Barbosa (PMDB), alegando que falta comprometimento por parte do governo do Estado com a segurança pública. A crítica foi feita em seu pronunciamento, na tribuna do Senado nesta terça-feira (25.02). Ele destacou que os crimes cometidos nos últimos dias no Estado - assustaram a população mato-grossense.
“Mato Grosso passou a ser um dos Estados mais violentos da Federação, tendo em vista a falta de compromisso do governo estadual em proporcionar uma segurança pública à altura do povo mato-grossense”, criticou.
Jaime Campos lembrou as mortes do major Claudemir Gasparetto e o cabo Jeferson de Souza, da Polícia Militar, e ainda da chacina em Várzea Grande, no último final de semana. “Mata-se mais, hoje, na região metropolitana da grande Cuiabá do que na guerra do Iraque ou até mesmo na guerra do Vietnã”, enfatizou.
O senador disse ainda, que a violência também atinge as cidades do interior e chegou a pedir uma intervenção federal no Estado. “Ocorreu também, no último fim de semana, o assassinato de um cabo da Polícia Militar na cidade de Rondonópolis”, lembrou.
Durante o discurso, Jaime Campos voltou a criticar a intenção do Exército de fechar três unidades de fronteira no Mato Grosso. “Venho alertar o governo federal e, sobretudo, também chamar a atenção das Forças Armadas, que está fechando três postos avançados do Exército nas fronteiras do Brasil com a Bolívia, na Região Oeste do Estado, que ali é o corredor do narcotráfico. 90% de toda cocaína, maconha e ecstasy que entram pelo território mato-grossense, depois indo para os grandes centros consumidores, entram pela região da grande Cáceres”, afirmou.
Segundo o senador, não é só a segurança pública que está em dificuldade em Mato Grosso: educação, saúde e infraestrutura também precisam de mais investimentos. O democratas externou sua preocupação com a realização dos eventos da Copa do Mundo no Pantanal mato-grossense.
“O presidente do Conselho Municipal de Segurança, Jasson Borralho Paes de Barros, afirmou aos jornais de hoje que a insegurança também toma conta da cidade de Poconé, entrada para o Pantanal, por onde devem circular grande número de turistas.
Aparte - O senador Pedro Taques (PDT) classificou como vergonhosa a segurança em Mato Grosso e lembrou que o efetivo policial do Estado é o mesmo de quando o senador Jaime Campos foi governador.
“Segurança no nosso Estado é vergonhosa. Nós temos 6,8 mil policiais militares. Parece que o número de policiais militares hoje no nosso Estado é mais ou menos o mesmo número daquele momento histórico em que o senhor foi Governador, de 1990 a 1994. Há vinte anos, era o mesmo número de policiais, e a população do Estado de Mato Grosso, em dez anos, cresceu 27%. Imagine em 20 anos!”, afirmou.
Governador Fragelli – Ainda durante sua fala, o senador Jaime Campos criticou a intenção de retirar o nome do ex-governador José Fragelli do estádio de futebol de Cuiabá. O estádio está sendo reconstruído para a Copa e a ideia do governo é usar o nome Arena Pantanal. Jaime Campos fez uma defesa das realizações do ex-governador e disse que a manutenção do antigo nome é uma justa homenagem a José Fragelli.
“Essa é outra injustiça que está sendo cometida em Mato Grosso”, lamentou o senador do democratas. (Com Agência Senado).
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