Falhas grotescas foram detectadas nas obras da Copa do Mundo, que são realizadas em Cuiabá e Várzea Grande, por engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT).
Ao analisar as imagens coletadas durante vistoria, os engenheiros civis André Luiz Schuring e José Augusto da Silva, e o técnico em Edificações e coordenador de Acessibilidade do Crea-MT, Givaldo Dias Campos, relataram as irregularidades e desconformidades encontradas em cada uma das obras.
"De maneira geral as desconformidades saltam aos olhos e qualquer cidadão sem conhecimentos técnicos consegue perceber que há algo de errado", observou Schuring.
O engenheiro ainda destacou infelizmente o legado da Copa para Mato Grosso serão obras de péssima qualidade. "O Estado lutou tanto para ser sede da Copa, para que ter a oportunidade de mostrar ao mundo que somos a nascente produtiva de maior qualidade do Brasil e acabaremos ficando com a imagem manchada pelas obras inauguradas com acabamento péssimo para receber os turistas do mundo e que ficarão como legado para Cuiabá" lamentou.
Já conforme o coordenador de acessibilidade e mobilidade urbana do Crea, Givaldo Dias Campos, a situação mais alarmente é quanto a falta de acessibilidade.
“Fazer uma rampa com uma inclinação absurda não pode ser considerado acessibilidade. Para nós, acessibilidade é quando se executa um projeto tendo como base as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas. Já no viaduto da UFMT, a sinalização para pedestres é praticamente inexistente, não foi feita a drenagem do local e ele alaga. Os pedestres optam por atravessar em outros pontos e se arriscam entre os carros. No viaduto do Despraiado simplesmente não tem calçada ou rampa para cadeirantes” disse.