Os últimos anos de Felipe Massa na Ferrari não foram fáceis. Atuando sempre à sombra de Fernando Alonso, o brasileiro sofreu com a falta de competitividade do seu carro e teve temporadas apenas como coadjuvante. Após oito anos, era preciso respirar novos ares. E, com apenas dois meses de Williams, ele acredita que a mudança o fará voltar a pilotar como nos seus melhores dias.
Antes de começar a coletiva, Massa chegou e cumprimentou todos os jornalistas. São-paulino fanático, conversou sobre a contratação de Alexandre Pato. Participou do Globo Esporte e depois concedeu uma entrevista coletiva. E, observando seu semblante e analisando suas declarações, percebe-se um brasileiro bem mais tranquilo, motivado e ansioso para o início da próxima temporada.
- Para falar a verdade, sinto que precisava dessa mudança. Quando o tempo passa e a situação não muda, você acaba perdendo a motivação. Estou muito feliz, principalmente pela maneira que fui recebido pela Williams. Desde o primeiro dia que cheguei na fábrica, todos estão me ajudando bastante. A Williams me abraçou 100%, acreditou no meu potencial. Era a hora certa de sair, principalmente porque o regulamento começa do zero para todo mundo – afirmou o piloto.
Com os pés no chão, ele classificou o primeiro teste na Williams como um grande começo.
- Ainda é cedo para fazer qualquer previsão, mas posso dizer que começamos bem. Tudo é diferente. O motor tem mais torque, mas sem a carga aerodinâmica de antes. O freio é bem diferente. Tenho muita coisa para aprender e evoluir. Precisamos ser rápidos e, ao mesmo tempo, ter um carro confiável para completar as corridas. É difícil dizer como cada equipe se comportou nos testes em Jerez. Posso dizer que meus melhores tempos foram obtidos com pneus duros, o que significa que o carro teve bom desempenho e existe margem para melhorar – ressaltou.
Para quem viu a Williams ter uma temporada horrível em 2013, Massa confessa que ficou positivamente surpreso com o que viu na fábrica da escuderia na Inglaterra.
- Entendi que eles têm uma estrutura forte para fazer um carro competitivo. Eles têm o melhor túnel de vento, um grupo técnico muito bom. Profissionais de várias áreas foram contratados. Agora precisamos acertar, encaixar as peças para fazer que tudo funcione de maneira conjunta - explicou.
Com pouco tempo de nova casa, o brasileiro já percebeu uma grande diferença entre italianos e ingleses.
- Na Ferrari, se você prender o braço das pessoas, elas não conseguem falar (risos). Italiano sempre gesticula muito. Já os ingleses são mais discretos, corretos. Me lembro quando corri na Sauber, que não era italiana, a cada teste você entrava no box com o carro imundo e saía com ele limpo. Na Ferrari, ele entrava e voltava para a pista preto. Tenho que aprender muita coisa, mas posso garantir que a convivência está sendo maravilhosa – finalizou.
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