A Justiça de Mato Grosso marcou para o mês de fevereiro, as audiências de instrução e julgamento dos 15 denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE/MT), por envolvimento na Operação Abadom, entre eles o delegado João Bosco de Barros, a esposa dele a policial civil Gláucia Alt.
As audiências estão marcadas para os dias 7, 10 e 17 de fevereiro. Além do delegado João Bosco e sua esposa, consta na lista quatro policiais civis e outras nove pessoas envolvidos no tráfico de entorpecentes.
As audiências irão ocorrer a Vara Especializada do Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública de Cuiabá, presidida pela juíza Selma Rosane Santos Arruda. A magistrada determinou que somente os réus “aptos” deverão ter a audiência confirmada.
Vale lembrar, que a audiência para ouvir o delegado e a esposa deveria ocorrer no dia 7 de janeiro, mas foi transferida por falta de confirmação de algumas testemunhas.
Atualmente, o delegado e esposa estão em prisão domiciliar desde 6 de novembro do ano passado. João Bosco ficou preso 18 dias na Gerência de Operações Especiais. Já a esposa, Gláucia Alt ficou 19 dias presa. Os outros quatro policiais respondem o processo em liberdade e os demais acusados estão presos.
João Bosco e Gláucia Alt foram suspensos dos cargos em agosto do ano passado, porém, eles continuam recebendo o salário normalmente.
Entenda o caso - Operação Abadom foi deflagrada no dia 27 de junho do ano passado com a prisão de 15 suspeitos. Na ação a Polícia Civil desmantelou uma quadrilha especializada em tráfico de drogas que contava com apoio de policiais.
Na Operação somente o delegado João Bosco e sua esposa a policial civil Gláucia Alt foram presos. Os outros quatros policiais foram indiciados durante as investigações. Na época, os policiais também foram autuados por corrupção e concussão, além de extorsão.
Dos 15 acusados, quatro já estavam presos na Penitenciária Central do Estado de onde enviavam ordens por telefone celular para as ações criminosas ligadas ao tráfico.
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