A Telexfree, empresa acusada de ser uma pirâmide financeira, realizará um cruzeiro com três apresentações da dupla sertaneja Bruno e Marrone. Mesmo com o bloqueio das contas da companhia, o 2º Extravaganza Telexfree acontecerá dos dias 15 a 18 de dezembro, no navio de luxo MSC Orchestra. O cachê dos artistas, de supostamente R$ 500 mil, teria sido pago anteriormente, segundo afirma a assessoria dos cantores.

A empresa está com as contas bloqueadas desde junho, e o congelamento também atingiu os sócios  Carlos Wanzeler, Carlos Costa, James Merryl e Lyvia Wanzeler. A Telexfree não paga aos seus "divulgadores" desde essa época, o que levou vários deles a entrar com processos judiciais contra a organização, sendo que até o início deste mês cerca de 50 ganharam suas causas, conquistando o direito de serem ressarcidos pelo investimento feito na empresa.

Por causa do bloqueio das contas, esses pagamentos não foram feitos ainda, e é nisso que consiste a polêmica da participação da dupla Bruno e Marrone no cruzeiro da empresa. Os representantes da Telexfree não comentaram sobre o assunto e negaram qualquer irregularidade.

Um funcionário do escritório que assessora os cantores afirmou que o contrato foi feito em maio ou junho, sendo metade do valor do cachê pago na ocasião. Segundo ele, o valor integral já foi quitado, porém o representante não especificou a data da realização desse pagamento.

A imagem dos artistas Bruno e Marrone foi usada para tentar mostrar uma melhora na situação da Telexfree. No último domingo (20.10), a empresa postou numa rede social a foto dos cantores com a frase “Os ventos voltam a soprar a favor da Telexfree”. Em outra imagem, Marrone aparece autografando uma camiseta da Telexfree.