Os profissionais da Educação de Mato Grosso terão a partir desta terça-feira (01.10) os cartões de ponto cortados caso não retornem as salas de aula. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (31.09) por meio de nota oficial do Governo do Estado.
A categoria está em greve há quase dois meses e mesmo após duas decisões judiciais desfavorável à classe, se recusam a encerrar o movimento grevista.
De acordo com a nota, o Estado alega que os professores de Mato Grosso recebem o quarto melhor piso salarial do Brasil e que já recebeu um reajuste salarial de 49,44%, o que significa 25,89% de ganho real.
O Governo comunicou que esgotou todas as possibilidades de negociações com a categoria. “Vários acordos foram propostos aos profissionais da Educação. No entanto, eles não cederam e insistem na greve. Sendo assim, o Governo do Estado, além de lamentar, comunica que esgotou suas possibilidades de negociação. O Governo cedeu tudo o que pôde” diz trecho da nota.
Além disso, informou que os profissionais da Educação em fase de estágio probatório que não retornarem ao trabalho irão responder a processos administrativos, e os que têm contratos temporários serão exonerados.
Confira abaixo nota oficial do Estado:
Os profissionais da Educação de Mato Grosso recebem o quarto melhor piso salarial do Brasil. O Governo do Estado já concedeu reajuste salarial de 49,44% para a categoria, o que significa 25,89% de ganho real.
Vários acordos foram propostos aos profissionais da Educação. No entanto, eles não cederam e insistem na greve. Sendo assim, o Governo do Estado, além de lamentar, comunica que esgotou suas possibilidades de negociação. O Governo cedeu tudo o que pôde.
A partir de 1º de outubro o Governo, por meio da Secretaria de Educação, vai garantir o direito dos profissionais da Educação que quiserem trabalhar e cortar o ponto dos que não comparecerem ao trabalho.
Em relação aos profissionais da Educação em fase de estágio probatório que não retornarem ao trabalho, o Governo comunica que serão abertos processos administrativos. E os contratados temporariamente que não retornarem ao trabalho terão seus contratos rescindidos.
Considerando as decisões judiciais, o Governo apela ao bom senso dos profissionais da Educação e conclama no sentido de retornarem imediatamente ao trabalho.
Outro lado – Em nota, o Sintep/MT classificou a atitude do Governo Estadual de truculenta e afirmou que Silval Barbosa (PMDB) está perseguindo os trabalhadores com práticas anti-sindicais, ferindo o Direito Internacional do Trabalho e do trabalhador. Confira abaixo:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Direção do Sintep/MT comunica aos profissionais da Rede Estadual de Ensino, em Greve por Tempo indeterminado, que o Sintep/MT até a presente data, não foi notificado pela Justiça para o retorno ao trabalho e mesmo que fosse, tal decisão não autoriza o governo a agir com truculência, pois ainda cabe novo recurso da decisão.
Neste sentido, não se justificam as ameaças contidas no Comunicado Oficial do Governo de MT, que vem sendo divulgado pela Mídia, para pressionar os educadores a retornarem da greve. Caso o Governo Silval atente contra os direitos dos trabalhadores em greve, estaremos tomando todas as medidas judiciais cabíveis, que em MT, foram tomadas no Governo autoritário de Júlio Campos que exonerou educadores em greve e os mesmos foram readmitidos por medida judicial impetrada pelo sindicato.
Esclarecemos que diante da decisão da Justiça, ainda por ser notificada ao Sintep/MT, cabe novo recurso a ser interposto pela Direção do Sintep/MT, o que não autoriza o Governo Silval Barbosa a agir AUTORITARIAMENTE e perseguir os trabalhadores de forma truculenta, com práticas anti-sindicais, ferindo o Direito Internacional do Trabalho e do trabalhador.
A Direção do Sintep reafirma a luta da categoria a ser realizada nesta semana no espaço da Assembleia Legislativa, onde informações apontam que o governo irá enviar Projeto de Lei com a proposta acatada parcialmente pela categoria.
Informamos ainda, que na próxima sexta-feira (04/10) será realizada nova Assembleia Geral para avaliar os rumos da greve.
SINTEP/MT - Livre, Democrática e de Luta!
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