O argumento sobre a saída do ex- procurador-geral do município, José do Patrocínio, não convenceu. Segundo consta no portal da Prefeitura de Várzea Grande, a justificativa para o pedido de exoneração de Patrocínio, na última terça-feira (03.09), seria por conta do término de doutorado que ele (José do Patrocínio) estaria terminando na Universidad Del Museo Social, em Buenos Aires, na Argentina.
No entanto, os comentários que circulam no Paço Couto Magalhães, desde a saída do ex-procurador - por alguns secretários e assessores especiais de Walace Guimarães - são bem diferentes. De acordo com eles, José do Patrocínio se exonerou para cuidar pessoalmente - da ação contra o prefeito e o vice-prefeito – por conta da quebra de sigilo bancário, referente denúncia de “caixa 2”, conforme publicado com exclusividade pelo VG Notícias.
Ainda conforme informações de alguns secretários e assessores especiais do prefeito, o ex-procurador irá tentar reverter no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), que determinou ao juiz Abel Balbino fazer as investigações sobre “caixa 2” na campanha do então candidato a prefeito Walace Guimarães.
Walace estaria “muito nervoso” e até teria feito uma reunião ”emergencial” com alguns secretários e assessores especiais mais chegados, em seu gabinete, na última terça-feira (03.09), por volta das 16 horas, e teria aberto o “verbo”.
Segundo desabafo do chefe do executivo municipal, “a coisa está feia para o lado deles – e que deveriam ajudar a fazer alguma coisa - porque correm o risco de perder o mandato e ficar ainda inelegível por oito anos”. A reunião foi considerada um “terrorismo”.
Walace teria afirmado que ele (prefeito) tem profissão e voltaria a clinicar caso perca o mandato - e questionou aqueles que não têm uma profissão definida, como fariam?”, contou a fonte do VG Notícias.
Prestação de Contas - A situação de Walace Guimarães e dos demais que tiveram a quebra de sigilo decretada não é nada confortável – confidenciou uma fonte a reportagem do VG Notícias.
Entenda o caso - O pedido de quebra de sigilo, impetrado pelos Democratas e o Ministério Público Eleitoral, foi acatado pelo juiz da 58ª Zona Eleitoral da comarca de Várzea Grande, Otávio Vinícius Affi Peixoto, que determinou a quebra de sigilo bancário, referente todo ano de 2012, da conta do prefeito Walace Guimarães, de seu irmão Josias Guimarães, e dos secretários: Evandro Gustavo Pontes e Silva (diretor do Departamento de Água e Esgoto – DAE/VG) e Mauro Sabatini (secretário de Planejamento e Finanças), além das empresas: Intergraf e MS Celular e a Editora De Liz.
Na Ação de investigação Judicial Eleitoral, o DEM e do MP, acusam Walace e o vice-prefeito Wilton Coelho – popular Wiltinho (PR) de desvio e abuso de poder político e econômico, captação ilícita de sufrágio, prática de condutas vedadas durante a campanha eleitoral (2012) e ainda, alega que o prefeito teve as contas de campanha reprovadas pela 20ª Zona Eleitoral, e mesmo assim foi diplomado. No mérito, a sigla pede a cassação do mandato de Walace e do vice-prefeito.
Com a quebra de sigilo bancário o juiz pretende fazer uma acareação com os dados apresentados pelo peemedebista em sua prestação de contas. Ainda, verificar a movimentação financeira dos dois secretários mais próximos de Walace, Evandro e Sabatini – que inclusive tem a suspeita de que o prefeito é “sócio” nas empresas dos secretários (Intergraf e MS Celular). A ação está tramitando em segredo de Justiça devido à quebra de sigilo bancário.
Outro lado - A reportagem do VG Notícias tentou diversas vezes falar com o ex-procurador, José do Patrocínio, por meio do celular, mas não obteve êxito e nem retorno até o fechamento da matéria.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
