Os perigos que os policiais estão sujeitos tanto físicos, legais ou psicológicos em ocorrências vivenciadas no dia a dia em serviço, é um dos assuntos abordados no livro 'Profissão Perigo: "A polícia e o confronto armado', lançado nesta sexta-feira (06.09), na Livraria Janina, no Pantanal Shopping, em Cuiabá.
O livro é resultado de quatro anos de estudo do autor e também Comandante Regional da Polícia Militar de Várzea Grande, coronel PM Wilquerson Felizardo Sandes, no curso de Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Wilquerson tem 20 anos de carreira militar, já participou em missões internacionais nos Estados Unidos, Colômbia e África do Sul, e também participou de capacitações como Curso Intensivo de Habilitação de Oficiais, Curso Internacional da SWAT, Curso Internacional de Gerenciamento Policial, entre outros. O comandante fala sobre os desafios da profissão policial na tomada de decisões durante as ações.
Ideia do livro - Foi durante uma pesquisa de quatro anos que integra o trabalho de conclusão do Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e é baseada em relatos de experiências de 22 policiais do Brasil que atuam nas diversas áreas. A obra trata de um assunto inédito no Brasil, em nível científico, que é o momento da decisão do policial em atirar durante uma ocorrência de alto risco. O foco é na atividade do bom policial, que as vezes está sujeito ao risco de várias direções, sejam elas físicas, legais ou psicológicas.
De acordo com Wlquerson, o objetivo do livro é contribuir com uma reflexão para a diminuição da letalidade na ação policial - numa perspectiva de dentro da instituição, com policiais que passaram pela experiência de quase morte.
"É uma crítica social ao Estado brasileiro, que coloca nas mãos dos policiais, instrumentos primitivos para defender a sociedade, ou seja, uma arma de fogo que funciona a base de pólvora. No livro, defendo que as armas sejam substituídas por novas tecnologias, como por exemplo, já existe uma arma policial que solta um flash de luz verde que causa paralisia temporária mental e não mata, mas ainda não é usada no Brasil. Defendo na minha obra que é possível que a policia trabalhe com tecnologias que não causem a morte e que ao mesmo tempo proporcione segurança ao policial, sem o constrangimento e dilema de matar para salvar"
Público alvo - Destinado a médicos, sociólogos, psicólogos, jornalistas, pessoas que atuam na área de ciências humanas e sociais. O livro foi trabalhado em cima de seis dimensões, no qual foi pesquisado o perfil do policial, o ambiente de confronto, a decisão de atirar, reação emocional, a lição decisiva, os valores e as expectativas.
Expectativa - Repensar de que forma ajudar esses policiais que passam tensão em ações que por vezes causam danos emocionais, legais e físicos nesses profissionais que vivem no limite do perigo. (Com informações assessoria CRII).
Fotos: CRII
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).