por Thaiza Assunção/VG Notícias
No dia 07 de abril, o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) contratou por meio de dispensa de licitação uma empresa, por quase R$ 2 milhões para oferecer merenda escolar para escolas municipais. No entanto, há 50 dias da contratação as unidades escolares já sofrem por falta de merenda.
Uma denúncia encaminha a reportagem do VG Notícias, relata que a Escola Municipal Manoel João de Arruda, localizado no bairro Figueirinha está sem merenda desde sexta-feira (26.04). Nesse dia, conforme a denúncia, a diretora da escola teve que comprar milho de pipoca para estourar e dar para os alunos lanchar. Hoje (29.04) as crianças ficarão sem merenda.
A reportagem entrou em contato com outras escolas municipais e a situação é a mesma. Na escola Marilce B. de Arruda localizada no Centro foi informado que só tem arroz e feijão, e essa é a merenda das crianças desde quinta-feira (25.04).
Nas escolas Dirce Leite de Campos e Air Addor a reportagem do VG Noticias também foi comunicada de que não tem merenda escolar. De acordo com as escolas, faltam principalmente verduras e carnes. Já na escola Ana Francisca de Barros, embora a atendente - que não quis se identificar por medo de represálias -, tenha denunciado que faltavam verduras e carne, a diretora Ivane Ferreira afirmou a reportagem do VG Notícias que não falta à merenda escolar na unidade e que apenas estava em falta verduras – mas, que já pediu o item. Segundo a diretora a merenda de hoje dos alunos foi macarronada e feijão.
A empresa contratada na dispensa de licitação é a G.M. de Miranda & Cia LTDA, nome fantasia Mercado São João, instalado na rua Argentina no bairro Jardim Imperial, em Várzea Grande. Ela foi contratada no valor de quase R$ 2 milhões para oferecer alimentos às escolas por quatro meses.
Para contratar a empresa, Walace teve que criar uma situação de emergência, porque teve tempo hábil para fazer um processo de licitação, mas não o fez. Com a desculpa de que as escolas não podem ficam sem merenda, o prefeito realizou a dispensa de licitação, contratou a empresa, mas não fiscaliza o serviço.
Além disso, é importante destacar que os servidores da educação podem entrar em greve no dia 13 de maio. A categoria está indignada pela forma como vem sendo tratada pela administração municipal. Eles alegam que a atual gestão deixou de lado a classe e não está atendendo as reivindicações.
Os servidores cobram a adesão do salário nacional, a manutenção na infraestrutura das escolas, alimentação escolar, o pagamento do adicional noturno dos vigias previstos na legislação trabalhista e o subsídio mensal das servidoras gestantes.
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