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Economia Quarta-feira, 14 de Novembro de 2012, 08:32 - A | A

Quarta-feira, 14 de Novembro de 2012, 08h:32 - A | A

SEGURANÇA

Ratos farejadores para detectar explosivos em aeroportos

Treinamento dos ratos é mais rápido que o dos cães

Uma empresa israelense desenvolveu uma técnica nova para detectar explosivos e drogas, baseada no olfato de ratos treinados.

De acordo com o diretor da Bioexplorers, Israel Alva, os ratos têm um olfato tão aguçado como o dos cães, porém sua manutenção é muito mais barata e o treinamento é bem mais rápido.

Alva desenvolveu um mecanismo que tem a mesma aparência dos aparelhos para detectar metais utilizados nos aeroportos, mas, em vez de raio-X, há ratos treinados que detectam cheiros suspeitos.

Alva explicou à BBC Brasil que os ratos são colocados em um espécie de gaveta que fica atrás de uma parede.

A pessoa a ser examinada entra em uma cabine e é submetida a uma rajada de ar que é expelida por uma espécie de ventilador. O ar, que se impregna com os odores da pessoa, entra por orifícios na parede e chega até os ratos.

Ao detectar odores suspeitos, os ratos são condicionados a subir para o "andar" superior da gaveta.

"É como se, em vez de um focinho [de cachorro], tivéssemos oito focinhos examinando a pessoa ou o objeto", disse Alva e explicou que, em cada gaveta, são colocados oito ratos.

Sinal vermelho

Quando mais de três ratos reagem positivamente ao cheiro, o mecanismo é acionado indicando que há substâncias suspeitas, e uma lâmpada vermelha se acende.

A partir desse momento, o trabalho passa para as forças de segurança, que irão examinar mais detalhadamente a pessoa considerada suspeita.

Quando não há nenhum cheiro suspeito, os ratos não se deslocam para a prateleira superior e se acende uma luz verde.

De acordo com Alva, ratos podem ser treinados a detectar qualquer tipo de cheiro, como explosivos, drogas ou qualquer outra substância.

A empresa expôs a técnica pela primeira vez ao público durante uma conferência internacional de Segurança Nacional, que está sendo realizada nesta semana em Tel Aviv.

O mecanismo com os ratos treinados tornou-se a principal atração da conferência.

Alva, que é especialista em comportamento de animais, afirma que a nova técnica não causa prejuízo à saúde das pessoas pois não as expõe a radiação alguma.

Os ratos, denominados "biosensores", vivem cerca de dois anos, e são usados pela empresa durante 18 meses.

O treinamento básico dos ratos dura cerca de duas semanas, e pode-se acrescentar um número ilimitado de cheiros a serem detectados.

Para cada cheiro novo, é necessário um treinamento adicional de alguns dias. Segundo Alva, a eficácia do sistema é "quase total" e há um índice "quase nulo" de alarmes falsos.

A manutenção do sistema é barata e cada gaveta deve ser aberta apenas uma vez a cada duas semanas, para a colocação de comida e água e limpeza.

Alva também disse que houve questionamentos por parte de associações pelo bem-estar dos animais, mas, segundo ele, "a vida dos nossos ratos é relativamente boa".

 

Fonte: R7 / BBC Brasil

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