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Opinião Quinta-feira, 12 de Julho de 2012, 08:49 - A | A

Quinta-feira, 12 de Julho de 2012, 08h:49 - A | A

Cidade, lugar de todos nós

É nela, na cidade, que tudo acontece e é por ela que muitos choram

João Edisom de Souza

 

Cidade não tem dono, é lugar de todos nós. É lugar de muita gente. Possui todas as cores, suporta todas as dores, acontecem todos os tipos de amores. Mas é na cidade que também se faz política boa ou ruim. É nela, na cidade, que tudo acontece e é por ela que muitos xingam, choram, reclamam. É nela que se enterram os seus. É na cidade também que todos os dias nascem e renascem as vidas. São nelas os partos de gente e de idéias, de estudos, de pesquisas, de vidas. São nelas que homens e mulheres todos os dias se levantam e correm atrás de seus sustentos, atrás de seus sonhos.

Estamos ficando cada vez mais urbanos. Cada vez mais conectados as coisas da cidade. Perto de tanta gente, emaranhados a corpos que vez por outra até atrapalham o nosso caminhar e, ao mesmo tempo, longe do calor humano. Perto de tanta tecnologia e carentes de afeto. Longe dos abraços dos amigos, longe do olhar aconchegante, perto das igrejas, mas longe do amor. Tão junto dos meios de comunicação e muitas vezes sem ninguém para nos ouvir.

Cidade é passado. É ali naquele emaranhado de casas que fica guardada nossa história. A céu aberto nas ruas, nas arquiteturas das casas e nos seus monumentos expostos a visão de todos ou fechado nas bibliotecas e museus em forma de texto, de documentos ou de arte. É assim que guardamos a história da própria cidade e de seu povo, seu patrimônio histórico. Isto é cultura. Cidade que não possui não sabe de onde veio e nem para onde vai.

Cidade é também presente, pois precisamos de boas condições de circulação, de acessibilidade, de trabalho, de saúde, de segurança, de educação. Precisamos de cultura, de diversão. Queremos viver bem e nos orgulhar de algo que não é meu, mas é nosso, de todos. Precisamos de sentir orgulho da vida da cidade que nos cerca. Precisamos contar para os demais habitantes do planeta que nossa cidade é especial. Eu escolhi viver nela e ela me escolheu. Como somos íntimos e amigos desta mãe chamada cidade, ela retribui oferecendo sempre o melhor que ela tem. Pois seu amor se manifesta principalmente no social.

Cidade é lugar de futuro. É onde procuramos desde o objeto de ponta de última geração ao médico que cure as chagas do corpo, ou o psicólogo que acalme as tempestades da alma. É na cidade que encontramos o último do último objeto de desejo de consumo. Queremos que nossa cidade tenha projetos que nos empurre para a eternidade. Que viabilize a vida no amanhã. Que nos dê esperança de dias melhores. Que nos encha de orgulho. Que oportunize aos nossos filhos dias melhores para que eles não tenham que viver longe do nosso olhar.

É na cidade, e apenas nas cidades, que os três tempos se encontram: passado, presente e futuro. Por isso que em tempos de política e eleições precisamos na verdade é descobrir quem tem amor pela nossa cidade. Não precisamos de milagreiros, nem de oportunistas. Não necessitamos de gente que compra ou vende em busca de poder e fortuna. Precisamos de gente que se apega. Quem entende, quem realmente compreende o que é cultura, o que é história e o que é vida. Precisamos de gente que ama, que ri, que chora, que labuta. Gente igual a gente.

O futuro não pode mais ser um barco a deriva. Afinal, são estes, prefeito e vereadores, que vão mandar na cidade da gente. Escolher bem é saber de onde viemos, onde estamos e para onde queremos ir. E você já sabe aonde quer chegar?

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