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Opinião Terça-feira, 12 de Junho de 2012, 18:11 - A | A

Terça-feira, 12 de Junho de 2012, 18h:11 - A | A

Copa e pós-Copa, por Alfredo da Mota Menezes

Pela receptividade dos artigos anteriores sobre a Copa em Cuiabá, volta-se ao assunto. Agora com algumas preocupações específicas.Veja mais.

por Alfredo da Mota Menezes*

Pela receptividade dos artigos anteriores sobre a Copa em Cuiabá, volta-se ao assunto. Agora com algumas preocupações específicas.

No estudo da UFMT sobra a Copa consta que se tem, entre Cuiabá e V. Grande, número de leitos hospitalares suficientes para atender à população e aos turistas.

Um ex-secretário de saúde alertou-me que naquele estudo da UFMT estaria incluído todo o tipo de leito hospitalar e que a maioria seria para partos. Específicos para os milhares de turistas que estarão aqui, com um atendimento melhor do que se tem hoje, parece que não se tem meios hospitalares mais adequados.

Imaginemos que um grupo de turistas alemães ou ingleses foi à Chapada dos Guimarães e sofreu um acidente de ônibus. Onde levar esses caras? Se o atendimento for inadequado, toda vontade local para ter resultado positivo pós-Copa vai por água abaixo quando jornais europeus mostrarem o tratamento que receberam aqui.

E se um sujeito desses morrer de febre hemorrágica por picada do mosquito da dengue? Adeus turismo maior pós-Copa. Será que não daria para se ter uma ala de um dos hospitais Santa

Rosa, São Mateus, Jardim Cuiabá ou o Metropolitano à disposição exclusiva dos turistas nos doze dias da Copa?

Claro que se pagaria ao hospital escolhido por essa cessão de espaço e atendimento. E como desalojar e realocar os pacientes de uma ala de um desses hospitais?  Tem alguém trabalhando nisso?

O estudo da UFMT mostrou que, se os hotéis mantiverem a lotação de 65%, vai faltar mais de dez mil leitos nos dias da Copa. Na Rio+20 estão hospedando em casas e apartamentos de famílias. Tem gente trabalhando nisso?

A área de segurança também preocupa. No ano passado em V. Grande e Cuiabá houve mais de 370 assassinatos, mais que um por dia. Um assalto seguido de morte a um turista europeu nos doze dias da Copa, mostrado em jornal da Europa, seria um desastre. O que está sendo feito sobre isso também?

Na Rio+20 o Exército está fazendo a segurança. Foi cedida à ONU até a soberania no local do evento. Se houver algo maior na área de segurança, o Rio e seus encantos perderão bilhões de reais em turismo por muitos anos à frente. Aqui o Exército não poderia ajudar nos 12 dias da Copa?

O que aqui está fazendo a respeito disso?

Só se pensa nas obras de mobilidade urbana. Entende-se, é onde dá votos, mas para Cuiabá e região outros legados também seriam importantes. A Copa terá que gerar resultados maiores para o futuro da região.

Outros setores da Secopa deveriam ser acionados e terem a atenção do governo e das prefeituras tanto quanto ou até mais que o setor de engenharia. Este já está realizando seu serviço.

Seria tempo de se dedicar mais tempo e atenção em outros assuntos da Copa e do pós-Copa.

*Alfredo da Mota Menezes é professor universitário e articulista político. Email:[email protected]

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