Dois dias após o atropelamento e morte de um bebê de 3 meses em cima da calçada em Padre Miguel, na zona norte do Rio, familiares da vítima dizem que a “a ficha ainda não caiu”. Abismada com a brutalidade do acidente, a tia da criança, Cláudia Coutinho, afirma esperar o momento de poder encarar o motorista e entender o motivo da batida.
— Destruiu uma família, o pai fala em se matar, a mãe está desesperada. Quando me disseram que ele [o motorista] estava em estado grave, rezei para que não morresse. Ele tem que pagar pelo que fez. Queria ter a chance de encará-lo e perguntar: ‘por quê?'
O motorista Jorge Luiz da Silva, de 57 anos, está internado no Hospital Getúlio Vargas e tem quadro de saúde estável. Ele está lúcido e se recupera das agressões que sofreu de pessoas que testemunharam o acidente.
Além de espancarem Jorge Luiz, homens ainda incendiaram o carro que ele dirigia. A polícia busca imagens de câmeras de segurança na região para tentar identificar os responsáveis pelo linchamento.
A madrinha da bebê, Karen dos Santos, que presenciou o acidente, contou que o carro surgiu de repente em alta velocidade e invadiu a calçada. A mãe de Kawany empurrou a filha de dois anos, porém não teve tempo de impedir o choque do veículo contra o carrinho da neném.
Karen disse o motorista apresentava sinais de embriaguez, o que ajudou a gerar a fúria nas testemunhas. Latas de cerveja teriam sido encontradas dentro do carro.
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