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Cidades Segunda-feira, 23 de Novembro de 2015, 22:52 - A | A

Segunda-feira, 23 de Novembro de 2015, 22h:52 - A | A

"Operação Ventríloquo"

Gaeco pode desencadear nova operação na AL/MT; Deputados podem estar envolvidos em esquema

Deputados estaduais são suspeitos de se beneficiarem com esquema junto com Riva

Redação VG Notícias

Novas fases da "Operação Ventríloquo" podem ser desencadeadas pelo Gaeco (Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Porém, os nomes dos parlamentares e pessoas envolvidas não foram citados. A revelação foi feita nesta segunda-feira (23.11), pelo promotor de Justiça Marco Aurélio Castro que está à frente do Gaeco.

"Os nomes não posso revelar no momento, mas não tenho dúvida que essa operação adentrará noutros gabinetes", comentou o promotor. 

Marco Aurélio participou da primeira audiência da ação criminal sobre o esquema na Assembleia, que supostamente foram desviados mais de R$ 10 milhões por meio de pagamento administrativo de um empréstimo contraído junto ao banco HSBC para seguros de servidores em 2014.

O chefe do Gaeco reconheceu que atuais parlamentares são suspeitos de terem sido beneficiados com o desvio liderado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva, atualmente preso em decorrência da "Operação Metástase - Célula Mãe".

"O dinheiro é publico e doa a quem doer o papel do Gaeco será avançar na segunda frente sobre os outros beneficiários deste esquema corrupto. Está muito claro que, apesar de ter sido encabeçado por José Geraldo Riva, esse benefício não ficou apenas para ele. O dinheiro entrou na Assembleia e queremos saber agora quem realmente se beneficiou dele", disse.

Para o chefe do Gaeco, as quebras de sigilos bancários e depoimentos de testemunhas ajudarão na "formação do quebra cabeças". "O que o MPE quer é se convencer para convencer o Judiciário de que isso de fato ocorria e era uma prática infelizmente junto ao poder", observou. 

Segundo o promotor, os deputados estaduais tinham dois recebimentos até a última legislatura para que não incomodassem Riva no comando do Orçamento milionário. "Estamos diante de um cenário que tinha recebimento oficial e também paralelo dos deputados. Não é o MPE dizendo isso com palavras ao vento, mas testemunhas que vieram aqui e atestaram literalmente o pagamento de mensalinho para que os parlamentares não provocassem enfrentamentos a Mesa Diretora", revelou.

De acordo com o promotor, apesar do foro privilegiado dos deputados estaduais, que só podem ser presos em caso de flagrante, as investigações estão avançando com respaldo do poder Judiciário.

 "O foro privilegiado pesa, mas temos tido total apoio do Tribunal de Justiça para investigar e fazer com que fiquem presos aqueles que realmente merecem. Essa é uma operação que surge em decorrência da existência de uma fraude e estamos na primeira fase da operação ainda. Muita coisa terá que ser esclarecido e vocês (imprensa) viram o teor do depoimento de uma testemunha que, além dos fatos hoje narrados, coloca um cenário dentro da Assembleia que nos causa arrepio", enfatizou.

Marco Aurélio exemplificou que parlamentares usavam funcionários para receber parte do dinheiro desviado. "Uma servidora vinculada a um deputado disse que sua conta pessoal foi usada para pagamentos de contas particulares com valores exorbitantes do homem médio", comentou.

Além de José Riva, o servidor Luiz Márcio Bastos Pommot, os advogados Anderson Flávio de Godoy e Júlio César Dominguez são réus também por conta da operação Ventríloquo. Todo esquema foi delatado pelo também advogado Joaquim Mielli Camargo.

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