O Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT), descredenciou o despachante Gilmar Rodrigues Garcia, titular do Despachante Aeroporto Eireli ME, vinculado à 5ª CIRETRAN de Várzea Grande. O descredenciamento do despachante consta publicado na edição de hoje (06.12) da Imprensa Oficial do Estado (Iomat).
Gilmar foi preso, juntamente com mais seis servidores do Detran, em 23 de agosto pela Polícia Civil, durante a operação denominada “Falsários”. Quatro dos funcionários eram da Ciretran de Várzea Grande e dois foram presos no interior do Estado, sendo um servidor da Ciretran de Rosário Oeste (128 km ao Norte) e, o outro, servidor da agência de Nova Mutum (264 km ao Norte). Vale destacar que todos já estão em liberdade.
Na ocasião, o delegado adjunto da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), Marcelo Martins Torhacs, declarou que os presos são suspeitos de uma série de fraudes na inserção de dados no Sistema Informatizado (Detrannet) do Detran-MT, em troca de vantagens. “Para cada documento recebiam entre R$ 150 a 200 reais. Montante significativo uma vez que a prática é antiga, coisa habitual”, disse.
A investigação identificou irregularidades em diversos processos para emissão e regularização de documentos de veículos, que vão desde a montagem de processos faltando documentos ou com documentos errados, falta de vistoria ou sua realização via aplicativo WhatsApp, entrega de lacres para pessoas não autorizadas, auditorias fraudulentas, entre outras.
Os servidores respondem na Corregedoria do Detran processo administrativo disciplinar, que poderá resultar na demissão. Todos respondem por crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos no Sistema Informatizado do Detran, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa.
ERRATA 09 de dezembro de 2016 - Em contato com a reportagem do VG Notícias, em 09 de dezembro de 2016, o despachante Gilmar Rodrigues Garcia, titular do Despachante Aeroporto Eireli ME, vinculado à 5ª CIRETRAN de Várzea Grande, comunicou que ele é quem pediu descredenciamento do órgão, por não ter mais interesse em atuar na área.
Segundo ele, o descredenciamento não foi uma punição, mas sim, uma atitude que partiu dele, Gilmar.
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