Os médicos da rede municipal de Cuiabá decidiram na noite dessa terça-feira (26.04), em assembleia geral, suspender a greve. A paralisação teve início em 07 de março, e durou por 50 dias.
De acordo com o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), a “trégua” será de 30 dias, prazo este dado para que o prefeito da Capital, Mauro Mendes (PSB) possa negociar com a categoria, já que o posicionamento do socialista era de não negociar, enquanto os profissionais continuassem com os “braços cruzados”.
Os profissionais entraram em greve reivindicando melhores condições de trabalho, pagamento de horas extras e implantação do piso nacional de R$ 12,9 mil por 20 horas semanais.
No entanto, as reivindicações não foram atendidas pela administração municipal que, na época, justificou que a paralisação do serviço era um interesse político do movimento, afirmando que dos 720 médicos da rede pública de Cuiabá apenas 82 aderiram à greve.
Com medida para suspender a paralisação, Mendes mandou cortar o ponto dos profissionais e também anunciou a demissão de médicos e a nomeação de outros profissionais para completar os plantões descobertos.
Além disso, ingressou com um pedido de liminar na Justiça para que fosse considerado ilegal o movimento grevista. O pedido foi acatado pelo Tribunal de Justiça que ainda determinou a aplicação de multa diária no valor de R$ 50 mil e depois passando a R$ 70 mil, caso os profissionais não retornassem ao trabalho.
A categoria resistiu as medidas, mas nessa terça decidiu suspender a paralisação e retornar ao trabalho.
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