por Geraldo Araújo*
Início de ano difícil para a população de Várzea Grande com seus representantes na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Antes de entrar no relato, quero deixar claro ao leitor que evitarei citar o nome dos políticos por dois motivos: Evitar dar publicidade a quem não merece e processo judicial, porque a maioria dos personagens, por não ter o que fazer, pode querer aparecer me processando e já não tenho mais paciência em participar de audiências com quem não vai acrescentar nada em meus conhecimentos.
Vejamos: Na Câmara de Várzea Grande após ser escolhido presidente de comissão de investigação, vereador diz acreditar na inocência da pessoa investigada, no caso a prefeita Lucimar Campos, e que ia pedir à prefeita que lhe arranjasse um advogado para auxiliá-lo nas investigações. Isso não é demonstração de fidelidade, porque ele é líder da prefeita, é demonstração de analfabetismo político. Resultado: foi afastado da comissão.
Sem entrar no mérito se a prefeita é inocente ou culpada, mesmo porque já disse para alguns vereadores que me perguntaram sobre o caso: se a Câmara afastar a prefeita pelo motivo da denúncia de fraude na compra de medicamentos, qualquer juiz de plantão lhe devolve o cargo antes de 24 horas, porque não existe no caso específico a responsabilidade da prefeita.
Na Assembleia Legislativa um deputado que tem domicílio em Várzea Grande luta incessantemente para poder participar das sessões devidamente fardado. Seria até um direito do mesmo, acontece que ele é policial militar da reserva (aposentado), nada justifica seu fardamento em sessões legislativas.
Poderia o parlamentar apresentar um projeto para dar mais apoio médico e psicológico ao policial militar da ativa e da reserva, que até pelo stress na atividade acabam ficando com sequelas no comportamento. Tem caso que mesmo após irem para a reserva querem andar fardados e armados. Parece que é o caso do parlamentar.
Finalmente, “prá acabar”, um jovem parlamentar assumiu como deputado estadual e já apresentou seu primeiro projeto, já caiu no ridículo, já demonstrou sua qualidade, já pode ser afastado. O projeto? Obrigar as casas noturnas a fornecer bebedouro para seus clientes. Já-já foi reprovado este magnífico projeto que poderia mudar a vida das pessoas não só em várzea Grande, mas, de todo o Estado de Mato Grosso.
Resumo da ópera é que o vereador foi afastado da comissão, o deputado polícia foi impedido de usar farda durante as sessões e o projeto que dava água para a necessitada boemia do Estado foi reprovado embora o deputado garante que foi aprovado. Vamos aguardar!
Mas restou provado pelos três exemplos citados, que Várzea Grande precisa escolher melhor seus representantes, ou, continuará sendo motivo de chacota pela qualidade de seus políticos.
*Geraldo Araújo - Advogado e Jornalista
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