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Artigos Quinta-feira, 19 de Novembro de 2015, 11:08 - A | A

Quinta-feira, 19 de Novembro de 2015, 11h:08 - A | A

Lula, o eterno traído

                                                                                                                                                                                                                                    por Bernardo de Mello Franco *

 

Em 2005, o então presidente Lula afirmou ao país que não sabia do mensalão. “Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis, das quais nunca tive conhecimento”, disse, em pronunciamento oficial.

Nesta quarta, o agora ex-presidente Lula afirmou que também não sabia do petrolão. “Foi um susto para mim”, disse, em entrevista a Roberto D’Ávila. “Muitas vezes, aquele cara que parece um santo na verdade é um bandido”, acrescentou.

Acreditar que Lula não sabia de nada é um ato de fé. Os dois escândalos foram gestados em seu governo e tiveram seu partido como beneficiário. No mensalão, a Justiça mandou para a cadeia um tesoureiro e dois ex-presidentes do PT. No petrolão, já foram presos um tesoureiro e um ex-presidente do PT. Por enquanto.

Quando o assunto é corrupção, Lula não costuma se preocupar com a coerência do que diz. Depois de pedir desculpas pelo mensalão, ele passou a sustentar que o esquema nunca existiu. Daqui a alguns anos, é possível que comece a negar os desvios bilionários na Petrobras.

Na entrevista à Globo News, o ex-presidente também negou fatos relatados por políticos e empresários com quem conversa. Disse que não quer derrubar Joaquim Levy da Fazenda, que não quer emplacar Henrique Meirelles em seu lugar e que não tenta influir no governo Dilma.

Faltou acrescentar que seu nome não é Luiz Inácio, que ele não mora em São Bernardo do Campo e que não deseja voltar ao Planalto. A última parte ele até ameaçou dizer, mas foi traído pela própria língua.

Eduardo Cunha é vingativo e acaba de escolher outro alvo. Nesta segunda, ele tirou da gaveta e enviou à corregedoria da Câmara uma representação contra o desafeto Glauber Braga. O deputado do PSOL é acusado de quebrar o decoro ao chamar de “matador” um colega que integra a bancada da bala. Detalhe: a discussão ocorreu há mais de seis meses.

Bernardo de Mello Franco, da Folha de São Paulo 

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