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Artigos Segunda-feira, 07 de Dezembro de 2015, 14:39 - A | A

Segunda-feira, 07 de Dezembro de 2015, 14h:39 - A | A

Opinião

Jubileu da misericórdia

A igreja  precise deixar  seus templos e suntuosidades e ir ao encontro dos pobres e necessitados

por Juacy da Silva*

Desde  o início de seu ponificado o Papa Francisco vem se empenhando para recolocar a Igreja em  um contexto  de espiritualidade  e de temporalidade. Cada  vez mais tem chamado a atenção  de católicos e não  católicos para a importância do diálogo entre as diferentes religiões como forma de resgatar antigas  e novas formas de ecumenismo, condenando, com frequência,  o uso da religião  para práticas políticas violentas, principalmente para o terrorismo politico que tem origem em formas distorcidas de religiosidade;  em suas expressões , uma ofensa a Deus.

Na dimensão da temporalidade tem procurado também  resgatar a missão de fraternidade, de solidariedade que a Igreja  tem em relação `as  pessoas que estão  excluidas social, econômica, cultural e políticamente. Tem insistido que cabe `a Igreja, vale dizer  a todos os fiéis, em princípio  católicos, mas por extensão  aos fiéis de outras religiões, que a verdadeira fé deve ser materializada em ações concretas direcionadas a quem sofre,  a quem é discriminado,  a quem  é violentado,`a quem é injsutiçado. Vale  dizer,  a igreja  precise deixar  seus templos e suntuosidades e ir ao encontro dos pobres e necessitados.

Na sexta feira, dia 13 de março último, Francisco surpreendeu o mundo, principalmente o mundo católico, ao  anunciar, em  suas palavras: “Por isso decidi proclamar um Jubileu extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia. Queremos vivê-lo à luz da palavra do Senhor: «Sede misericordiosos como o Pai» (cf. Lc 6, 36). E isto sobretudo para os confessores! Muita misericórdia! Este Ano Santo terá início na próxima solenidade da Imaculada Conceição e concluir-se-á a 20 de Novembro de 2016, Domingo de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo e rosto vivo da misericórdia do Pai. Confio a organização deste Jubileu ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, para que o possa animar como uma nova etapa do caminho da Igreja na sua missão de levar o Evangelho da misericórdia a todas as pessoas.”

Um  mês  depois, no dia 11 de abril o Papa Francisco volta  ao assunto através  da Bula Papal, com 17  páginas  onde  estabelece  as diretrizes de como será  este ano Santo  da  Misericórida, a ter início nesta terca  feira, 08 de  dezembro, Dia da Imaculada Conceição  e a ser  encerrado do dia 20 de novembro de 2016, possibilitando que a Igreja Católica,  desde Roma  até os confins da terra, em todos os países, Arquidioceses, Dicoseses, paróquias e comunidades possa estar voltada aos  mesmos objetivos que é a reflexão  e práticas guiadas pela divina misericórida, tanto no plano espiritual quanto no temporal.

O início deste Jubileu extraordinário tem dois eventos importantes, em Roma e ao mesmo tempo ao redor do mundo. O primeiro será representado pela abertura da Porta da Basílica de São Pedro nesta terça feira, 08  de dezembro, quando se comemora o cinquentenário do encerramento do Consilho Vaticano II, que mudou adicalmente a vida e as práticas do catolicismo.

Nas palavras  do Papa Francisco em sua Bula “A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa. Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de abrir a Porta Santa. Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança.”

O segundo no próximo domingo, dia 13 de dezembro quando,seundo o Papa  Francisco,  também abrir-se-á a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão e as portas de todas as Igrejas Católicas espalhadas pelo mundo afora.

Durante  este Ano  Santo da Misericórida a Igreja Católica, sua hierarquia  e também  os fiéis  são  instados, orientados, motivados a realizarem ações concretas como demonstração do amor ao próximo.

Jubileu em sua origem signficava comemorações  especiais em regozijo pela libertaçãoda escravidão,  de dívidas, do jugo da opressão e no plano espiritual pelo arrependimento dos pecados  e  o recebimento do perdão pela misericórida de Deus.

Com certeza, em um mundo marcado por tanta violência, injustiça, egoismo, materialismo, consumismo, imediatismo, fome, miséria, exclusão  social e econômica, degradação  ambiental e indiferença,  proclamar um jubileu  extraordinário tendo como  tema central a misericórida,  será  um momento para as  pessoas renovarem suas esperanças de que podemos construir um mundo melhor, mais justo, mais fraterno e mais humano.


*Juacy da Silva, professor universitário

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